O Hospital Misericórdia de Santos Dumont vem enfrentando um cenário de dificuldades.  O bloqueio de emendas parlamentares desde outubro de 2024, por conta de uma medida do ministro do STF Flávio Dino, junto com a queda de arrecadação de verbas estaduais em 2025, criaram uma verdadeira bola de neve nas contas da instituição. 

Pra se ter uma ideia, desde o bloqueio, o hospital deixou de receber cerca de R$ 1,4 milhão de emendas parlamentares. Dinheiro que daria uma autonomia de 7 meses à instituição de saúde na compra de insumos, medicamentos, materiais de limpeza alimentação entre outros. 

Já o convênio Valora Minas, do governo do estado, teve uma redução drástica nos primeiros meses de 2025. O valor de R$ 1,3 milhão que era pago por quadrimestre e rendia R$ 340 mil por mês ao hospital, caiu para R$ 904 mil por quadrimestre, ou seja, R$ 226 mil por mês, causando um déficit de R$ 114 mil por mês nos cofres do hospital.

Caso não haja uma solução a curto e médio prazo, Ivan teme pela continuidade do hospital, que atende não só Santos Dumont mas cumpre papel fundamental na microrregião e importante na macrorregião. 

No município, o hospital segue com a parceria da Prefeitura. O repasse mensal do poder Executivo continua sendo honrado na íntegra e, além disso, o prefeito Pacífico Júnior adiantou uma parcela de R$ 200 mil  que vai cobrir a folha de pagamento dos funcionários no mês de março. 

A solução passa também por relações políticas. Ivan esteve na Câmara Municipal, nessa semana, e pediu aos vereadores para irem até  suas bases e deputados a fim de angariar recursos para o hospital. Já nas próximas semanas, o provedor vai até Brasília  para se reunir com o deputado Luiz Fernando Faria e com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Fotos: Peterson Escobar