Português (Brasil)

Coluna do Meio

Data de Publicação: 11 de fevereiro de 2022 11:19:00 11 de fevereiro de 2022

Compartilhe este conteúdo:

 

 

 Clézio Sá - Colunista 

Fevereiro, tem Carnaval...

Essa frase foi imortalizada pelo excelente cantor Jorge Benjor, cantando a música: “Fevereiro, tem carnaval, tenho um fusca e um violão, tenho uma nega chamada Tereza, que beleza, que beleza...” Assim ficou imortalizado que o carnaval no Brasil era sempre realizado no mês de fevereiro. Isso não é lenda e nem história, é tradição.

No final do século passado uma extinta organização bancária denominada de ‘Bamerindos’ tinha como lema a expressão “A vida passa, o tempo voa e o povo continua numa boa”.

Esse lema encaixa perfeitamente em relação ao carnaval e aos brasileiros. Ele vive no maior sufoco o ano inteiro, passa todas as dificuldades possíveis, mas para ele o carnaval é sagrado. Com dinheiro ou sem dinheiro, ele aguarda o mês de fevereiro na certeza de que haverá carnaval, onde ele vai poder afogar as suas mágoas.

Antigamente eles brincavam o carnaval nos chamados blocos de sujos, caricatos, ranchos e nas acanhadas escolas de samba, protegidos por uma corda e na base do improviso, embalados pelas imortais marchinhas compostas por Lamartine Babo, Ary Barroso, Braguinha, João Roberto Keli, e muitos outros de igual valor artístico. Os cantores mais badalados eram Jorge Veiga, Carlos Galhardo, Dalva de Oliveira, Dircinha Batista, Nora Ney, Ataulfo Alves, Marlene e Emilinha Borba, nas tradicionais rádios Mayrinque Veiga, Tupi, Nacional, Tamoio e Mauá. Elas agitavam os blocos de rua e os concorridos bailes nos clubes sociais. Tudo na base de muito romantismo, regado a confetes, serpentina e lança-perfumes que serviam como charme para o início de muitos namoros. As marchinhas Confete, Pó de Mico, Cabeleira da Zezé, Mulata Bossa Nova, Até Quarta-Feira, Estrela Dalva, Me Dá Um Dinheiro Aí, se imortalizaram e até hoje fazem sucesso no carnaval.

O mundo evoluiu, os bailes nos clubes se rarearam, os blocos foram profissionalizados e muitos transformados em ricas escolas de samba. As marchinhas foram trocadas pelas músicas Axé, lambada e outras similares.

Mesmo o país atravessando uma terrível crise financeira e social enfrentando essa terrível pandemia do coronavirus, o carnaval sobrevive graças ao espírito persistente e criativo dos foliões. De seus apertos financeiros, das decepções provocadas pelos nossos políticos e dos sofrimentos que a Covid-19 nos impõe, eles riem das desgraças, fazem fantasias caricatas, compõem músicas críticas e bem humoradas e, nesse clima extravasam as suas frustrações e sofrimentos.

Nesse clima de carnaval, de divertimento e alegria, os dirigentes das escolas de samba dão exemplo de seriedade, organização e com muita capacidade administrativa eles administram as verbas destinadas às suas escolas. Os autores dos sambas enredos dão aulas de conhecimento de nossa história, os cantores com seus vozeirões agitam a galera levando-a ao delírio nas arquibancadas dos sambódromos de Rio, São Paulo e Bahia.

Os tradicionais blocos de rua voltaram a todo vapor e estão levando multidões de foliões às ruas das capitais fazendo a alegria de milhões de foliões. O carnaval é mesmo, sem contestação, a maior alegria do povo brasileiro. Qualquer turista estrangeiro que assiste ao luxo dos desfiles e à alegria dos foliões das nossas escolas de samba logo iria imaginar que o Brasil é um país rico e desenvolvido e que o seu povo deve ter um excelente padrão de vida. Não importa que eles pensem isso, o importante é que nós temos os dias de carnaval para extravasar as nossas alegrias e frustrações. Nesses dias deixamos as tristezas, as mágoas e os desencantos de lado e passamos a viver um mundo só de alegrias.

Agora, com o avanço dos casos de pessoas contaminadas e mortas pela Covid-19 - Ômicron os prefeitos de centenas de cidades, levados pelo bom senso, cancelaram o carnaval, mas marcaram os desfiles das escolas de samba para o dia 21 de abril. Por ironia do destino, o dia em que o Brasil vai comemorar o Bicentenário da Inconfidência Mineira, o dia em que Tiradentes foi enforcado lutando pela nossa independência.

Como o ano no Brasil só começa depois do carnaval, esse ano ele “será reduzido há oito meses” e os nossos problemas econômicos e sociais irão ficar congelados até o dia 22 de abril. E viva o carnaval!

Clézio Paulo de Sá

Saudosismo

Através dessa foto publicada pelo Flávio Luis de Figueiredo, os amantes do trem puderam matar a saudade do famoso trem Piranguinha, que ligava Santos Dumont à Mercês, Paiva e Oliveira Fortes. Nessa época, Santos Dumont viveu um período de grande importância na economia dessa região. Tempo bom...

Arrasou

A excelente cantora sandumonense Marcília Queiroz cantou e encantou os jurados do programa ‘The Voice Brasil +’, da TV-Globo, no dia 06 de fevereiro. Sua voz, o seu charme e a sua desenvoltura foi simplesmente espetacular. Ela encheu os sandumonenses de orgulho.

Amigos, sempre amigos...

As inúmeras mensagens que recebi no dia do meu aniversário transformaram o dia 05 de fevereiro em um dia de muita alegria, paz e felicidade. Isso me deixou convicto de que valeu a pena lutar muito pela vida. No caminho dessa jornada havia vocês, amigos de fé. Valeu! Obrigado a todos pela demonstração de carinho e apreço a minha pessoa.

Muito charme

A Lívia Vieira Marques, cercada de muito carinho de seus filhos, noras e netos, festejou nova idade no dia 08 de fevereiro. Pela sua simplicidade, educação e simpatia, a Lívia desfruta de muitas amizades nessa cidade. Isso foi comprovado pelas inúmeras mensagens recebidas no seu aniversário.

Participativo

O comunicativo Newton Hermógenes Silva desenvolve um trabalho elogiável na promoção social e turística de Santos Dumont. É uma pessoa idealista e muito participativa nos movimentos culturais dessa cidade.

Níver’s

    

Duas pessoas bem relacionadas nessa cidade festejaram aniversários no dia 10 de fevereiro: a empresária Maria Luiza Barra Couri e Neuza Maria Almeida Fortes. Essa desenvolve um elogiável trabalho na Matriz de São Miguel e Almas.

Um bancário participativo

Assim poderíamos traduzir Marcos João Couri, aniversariante do dia 11 de fevereiro. Ele por muitos anos foi o responsável pela sobrevivência e pelas atividades do Sindicato dos Bancários de Santos Dumont. Foi um professor dedicado, chefe de família exemplar e cidadão participativo. Gente fina.

Mundo virtual

Nesse planeta virtual em que vivemos a política está funcionando na base da máquina a vapor. Frases vazias, medidas populistas, discursos demagógicos, programas inviáveis, agressões descabidas e luta desenfreada pelo poder. A norma vigente é a de que vale tudo para um lado e só críticas, ofensas e punições para o outro. Assim o Brasil vai viver mais um grande período nebuloso em sua democracia.

G 5

O sistema ainda não foi implantado no Brasil, mas as fake news se propagam igual à pandemia do coronavirus, irradiando destruição, mortes e indignação na sociedade. As pessoas corretas, idôneas e sensatas são alvos prioritários desses cafajestes defensores da injúria, calúnia e difamação.      

É Preciso Manter

O sistema ‘Disque Denúncia’, criado há 26 anos pelo correto Zeca Borges, conta com o apoio e a confiança de todos os brasileiros devido ao seu poder democrático de dar voz ao cidadão e para denunciar de forma anônima os atos de violências que ocorrem diariamente no Brasil, afetando toda a sociedade. Esse projeto precisa não só ser mantido, mas estimulado e até mesmo aperfeiçoado pela Justiça e todas as autoridades brasileiras.

Valorização política

Quando escrevo defendendo a reestruturação na política brasileira, e principalmente a forma de governar esse país, eu me refiro às pessoas que possam trazer novas ideias, novos programas, nova postura diante dos eleitores e novas diretrizes ao campo administrativo. Só assim poderíamos sonhar em viver em um Brasil austero, progressista, inovador e muito mais humanizado.

Insaciáveis

A população de vários estados do Brasil está vivendo momentos de angústia, aflição e sofrimento. Com milhares de pessoas desalojadas e desabrigadas pelas enchentes não apareceu nenhum deputado ou senador apresentando um projeto pedindo a transferência dessa indecente verba partidária e eleitoral para atenuar o sofrimento dessas pessoas. Dos eleitores esses políticos só querem votos. São insaciáveis e imorais.

Discordo

Discordo daquelas pessoas que falam que a Operação Lava-Jato destruiu a construção civil no Brasil. Quem acabou com a construção civil em nosso país foi à corrupção e a ganância dos políticos e dos empreiteiros oportunistas que saquearam os cofres públicos do país e de nossas principais empresas estatais. Com seriedade e projetos amplos de estrutura, grandes obras poderão ser realizadas, aumentando substancialmente o mercado de trabalho brasileiro.

Metas prioritárias

Os candidatos à Presidente da República deveriam ter como meta em seus programas de governo a recuperação do poder econômico dos trabalhadores. Isso passa pela ampliação do mercado de trabalho e o pagamento de um justo salário. Com essas medidas, todos os seguimentos irão ganhar fôlego econômico e social.

Quem diria hem!

Justamente no ano em que o Brasil vai comemorar o bicentenário da sua independência, 21 de abril, data em que o nosso mártir Joaquim José da Silva Xavier, o inconfidente Tiradentes, foi enforcado pela sua luta tenaz pela independência, o Brasil marcará essa importante data comemorando com desfiles de carnaval nas principais capitais. Quanta incoerência.

Bem avaliado

O discreto presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, vem desenvolvendo um elogiável trabalho de conciliação entre os ruralistas, militares e o governo Bolsonaro. Além de atuante, ele é habilidoso, coerente e muito eficiente em sua função. Poderia ser melhor aproveitado na política.

Absurdo

Aquela ostentação, com direito a desfile de carros de luxo, tapete vermelho e apresentação de gala dos soldados ‘Dragões da Independência’ para marcar a abertura do ano legislativo do Congresso Nacional é uma afronta à população brasileira que está vivendo no maior sufoco econômico e social. Quantas vacinas, aparelhos hospitalares, remédios e leitos para as UTI’s dos hospitais poderiam ser adquiridos com esse esbanjamento do dinheiro público.

Medida elogiável

Elogiável essa iniciativa do INSS de dispensar a presença do beneficiário para atestar prova de vida. Com o avanço da tecnologia nas movimentações financeiras, no sistema eleitoral, nos cartórios de registro civil, esse serviço poderá ser feito na maior lisura, sem provocar tanto sacrifícios às pessoas idosas, deficientes e enfermas. Nota mil pela adoção dessa medida de grande alcance social.

Complicado

Aquele desmoronamento em uma das pistas da via expressa Tietê, destruindo a rede de esgotos pelo ‘Tatuzão’ do metrô de São Paulo complicou muito a campanha de João Dórea à presidente da República. Ele vai perder um tempão explicando as causas desse inexplicável acidente aos paulistanos. Não vai ser nada fácil.

Pico na Covid-19

O mês de janeiro terminou com a Covid-19 atingindo o seu maior pico em Minas Gerais, desde o início dessa pandemia em março de 2020. Em Santos Dumont também o índice de pessoas contaminadas cresceu bastante. Mesmo assim ainda tem inúmeras pessoas resistindo à vacinação, ao uso de máscara e higienização das mãos conforme recomendação do Ministério da Saúde.

Absurdo

Dos quase 50 políticos denunciados e condenados pela Operação Lava-Jato, 39 estão livres, circulando no meio eleitoral com o objetivo de se elegerem, ou eleger um descendente para um cargo eletivo de deputado ou senador nas eleições desse ano. Tudo sob a proteção e os aplausos da nossa Justiça. O poder e a imunidade parlamentar fascinam essa gente.

Lula ou Bolsonaro?

O certo seria nem um e nem outro. O ideal seria um nome de um novo candidato idôneo, idealista e dotado de novas ideias como nova opção para os eleitores e novas esperanças para o Brasil. Pelo visto iremos continuar vivendo o mesmo do mesmo. Com o país estagnado nesse mundo de ilusões.

Escravidão virtual

Com o advento da informática e a modernidade virtual cada cliente se transformou em um funcionário das organizações bancárias sem receber nenhuma remuneração. Pelo contrário, ainda tem que pagar pelo serviço que presta graciosamente ao banco.

Sobe e desce

Quem poderia imaginar que o terrível José Dirceu, o homem que inventou e manipulou o ‘mensalão’ no governo petista, preso, condenado e excluído das articulações políticas do PT, voltaria a circular com toda desenvoltura na campanha do Lula nessas eleições presidenciais de 2022. E o pior, ele conta com o aval da Justiça e uma grande plateia para aplaudi-lo. Isso é Brasil!

Compartilhe este conteúdo:

  Seja o primeiro a comentar!

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Envie seu comentário preenchendo os campos abaixo

Nome
E-mail
Localização
Comentário