A diretoria do Cisdeste esteve na Câmara de Santos Dumont, nessa semana, com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre o serviço prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu) na cidade. Denys Carvalho, secretário executivo, e Homero Calderaro, médico, conversaram com os veredaores no Plenário Maurílio do Carmo Ribeiro.

Na oportunidade, os parlamentares Altamir Moisés de Carvalho - proponente da reunião - Conrado Luciano Baptista, Sandra Cabral, Valdir da Banda, José Abud, Niltinho e Flávio Faria, fizeram várias considerações sobre possíveis “falhas” no atendimento do Samu em Santos Dumont, bem como o frequente deslocamento das ambulâncias para outros municípios. Atualmente, dois veículos prestam atendimento na cidade.

O vereador Altamir Moisés destacou, como exemplo, um caso de uma família que não recebeu o atendimento e o caso resultou em óbito. 

De acordo com Denys, o Samu presta um revelante serviço à sociedade, mas têm fatos limitadores de ação, que passam pela grande extensão territorial do município, depreciação da frota e questões orçamentária de sua gestão.

O secretário executivo do Samu ainda comentou sobre as diversas ocorrências simultâneas que acabam estrangulando o atendimento e a eficácia do socorro, e é o que pode ter ocorrido no caso da morte apontada por Altamir. 

Denys ainda se dispôs a verificar as ocorrências de atrasos, mas pediu que todas elas fossem encaminhadas por escrito com data e hora, pois seria difícil verificá-las de forma oral. 

"Toda ligação é gravada e essa gravação gera um prontuário que possamos transcrever neste prontuário médico e se necessário informar à Câmara Municipal. Para que não possamos deixar as coisas crescentes ao longo do tempo...", disse.

Já o médico Homero Calderaro também fez uma explicação técnica do atendimento do Samu, expondo a complexidade do trabalho e suas limitações para prestar um bom serviço à sociedade. Um convite foi feito para que os vereadores possam conhecer o sistema de operações. 

“O atendimento do Samu 192 começa a partir do chamado telefônico, quando são prestadas orientações sobre as primeiras ações. A ligação é gratuita, para telefones fixo e móvel. Os técnicos do atendimento telefônico que identificam a emergência e coletam as primeiras informações sobre as vítimas e sua localização.

Em seguida, as chamadas são remetidas ao Médico Regulador, que presta orientações de socorro às vítimas e aciona as ambulâncias quando necessário. As ambulâncias do Samu 192 são distribuídas estrategicamente, de modo a otimizar o tempo-resposta entre os chamados da população e o encaminhamento aos serviços hospitalares de referência.

A prioridade é prestar o atendimento à vítima no menor tempo possível, inclusive com o envio de médicos conforme a gravidade do caso. As unidades móveis podem ser ambulâncias, motolâncias, ambulanchas ou aeromédicos, conforme a disponibilidade e necessidade de cada situação, sempre no intuito de garantir a maior abrangência possível”.

Fotos: Gilberto Freire