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Aumento de até 80% em um ano: por que o azeite de oliva está tão caro?

Aumento de até 80% em um ano: por que o azeite de oliva está tão caro?

Data de Publicação: 26 de dezembro de 2023 15:49:00 Safra 2022-2023 europeia, que passou por períodos de seca e calor extremo, assim como as chuvas no Rio Grande do Sul impactam diretamente no preço do produto

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Por Redação com informações CNN

Um dos principais acompanhamentos no prato do brasileiro, principalmente no tempero de saladas, o azeite de oliva é o vilão da vez nos supermercados, com uma alta de 80% no preço do produto nos últimos 12 meses.

Segundo a CNN Brasil, o problema do preço elevado começou lá em 2022, quando na Europa, o calor extremo provocou o desequilíbrio no desenvolvimento da azeitona na safra daquele ano.

As oliveiras precisam de uma temperatura que variam no mínimo de 8°C a 10°C, no entanto, países como a Espanha, Itália e França, que somam 60% da produção mundial da iguaria, lidou com eventos climáticos extremos, o que dá um quinto de toda uma safra perdida segundo produtores locais.

Com menos azeitona disponível, menos garrafas disponíveis e preço maior na gôndola dos supermercados. O tipo virgem acumula uma alta de 69% no preço, enquanto o extra virgem está 80% mais caro no período de novembro de 2022 e 2023. Em lojas físicas ou online, uma garrafa de 500 ml chega a custar a partir de R$ 74,40.

As opções nacionais também estão ficando mais caras. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), entre janeiro e novembro deste ano, houve alta de 33% do azeite de oliva brasileiro. Uma embalagem já é encontrada nos supermercados de Santos Dumont por mais de R$ 40.

Mas o cenário climático do país deve elevar ainda mais os preços, já que no Rio Grande do Sul, estado em que concentra 75% da produção nacional da iguaria, vive transtornos por conta de tempestades que devastaram a plantação de oliveiras do estado.

Marcelo Costi é proprietário de uma marca de azeite de oliva em Caçapava do Sul, uma das principais regiões produtoras do óleo vegetal no Brasil

Costi calcula que as fortes chuvas de setembro a novembro foram responsáveis pela perda de mais de 90% da próxima safra, que acontecerá de fevereiro a abril.

"Eu devo colher, sendo otimista, uns 100 litros. Já tive perdas causadas pela seca em anos anteriores, mas nada chega perto do que a chuva fez agora", diz o empresário, que na temporada passada envazou 4.000 litros do produto", disse.

 

Foto: Shutterstock

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