Português (Brasil)

Tarifa de ônibus vai subir para R$ 3,10 a partir de maio em Santos Dumont

Tarifa de ônibus vai subir para R$ 3,10 a partir de maio em Santos Dumont

Último reajuste na passagem de ônibus em SD aconteceu em 2018, quando o preço passou de R$ 2,45 para R$2,80

Compartilhe este conteúdo:

Por Peterson Escobar

 


A passagem de ônibus vai ficar mais cara em Santos Dumont a partir do dia de 3 de maio. De acordo com a Celeste Viplan, empresa responsável pelo transporte público na cidade, a tarifa vai sofrer um reajuste de 10%, passando de R$ 2,80 para R$ 3,10.
A reportagem do JM, em parceria com a TvMont, conversou com Gustavo Menezes, diretor da Celeste Viplan, que explicou o motivo dessa alteração no preço da passagem.


“Nós fomos muito afetados pela pandemia. Nosso movimento caiu cerca de 70% em março de 2020. Desde esse período, a gente tem que desembolsar cerca de R$ 250 mil por mês pra empresa sobreviver. No ano passado pedimos um estudo de um profissional conceituado que faz os ajustes de tarifa de todas as linhas do DEER-MG (Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais) e ele chegou a um valor de R$ 3,50 aqui pra cidade.



Nós estabelecemos o preço de R$ 3,10 pra tentar uma recuperação de todo o desgaste que temos tido, muito em função também do aumento de combustível e outros insumos nos últimos anos”, explicou o diretor.


A última mudança no preço da passagem em Santos Dumont aconteceu há três anos, quando em 2018, a tarifa passou de R$ 2,45 para R$ 2,80. Gustavo explica que a pandemia forçou uma diminuição considerável no quadro de funcionários da empresa e, para que a situação não se agrave ainda mais, é preciso achar um jeito de limitar ou subsidiar as gratuidades.


“A empresa já vem há um bom tempo sem reajuste, com uma gratuidade de 32% a 35%. Não recebemos nenhum tipo de subsídio nesse sentido nem do município, nem do Estado, nem da União. A cada 30 pessoas que entram no ônibus, dez não pagam a passagem. Isso causa um impacto. A gente entende que isso é um direito dos deficientes e dos idosos, mas a gente entende também que precisamos ser ressarcidos de alguma forma, não existe uma lei pra nos amparar nessa questão”.


Segundo o empresário, atualmente com esse percentual de gratuidades, a empresa deixa de arrecadar cerca de R$ 200 mil por mês. Recentemente a empresa passou por uma renovação da frota, que passou a contar com veículos modelo 2020. O carro mais antigo é de 2014, o que de acordo com a empresa, mostra o investimento feito e exemplifica o compromisso de um serviço de qualidade, se comparado às outras cidades da região.


“Transporte clandestino precisa ser combatido”, diz diretor da Celeste Viplan


Além dos ônibus, há na no município os taxistas e os veículos que transportam passageiros por meio de chamadas em aplicativos. Estes últimos, segundo Gustavo, estão agindo de forma ilegal na cidade.


“Temos a concorrência dos veículos de transporte por aplicativo, que também gera um impacto. Não tem uma lei que os regulamenta. A gente sabe que eles passam nos pontos de ônibus e pegam os passageiros de forma ilegal, isso é proibido. Tem que haver uma fiscalização para conter esse tipo de conduta. A empresa paga imposto, gera emprego e contribui com a sociedade. Sem contar o fator segurança, que em caso de acidente no transporte público você tem um suporte, já em carros privados não” afirma o diretor da Celeste Viplan.


Para o empresário, o reajuste na tarifa resolve apenas parte do problemas, mas é necessária a aplicação de outras medidas.
“O reajuste ameniza esse prejuízo de 230 mil mensal que estamos tendo, mas não resolve o problema. Precisamos achar um jeito de subsidiar ou limitar essa gratuidade e combater o transporte clandestino”, finaliza.

 

Compartilhe este conteúdo: