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MG é o estado com maior número de trabalhadores em situação análoga à escravidão

MG é o estado com maior número de trabalhadores em situação análoga à escravidão

Data de Publicação: 7 de setembro de 2023 15:47:00 Fiscalizações aconteceram em agosto e resgataram 204 pessoas no estado

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Por Cecília Itaborahy 

Durante o mês de agosto, a Operação Resgate III resgatou, em Minas Gerais, 204 trabalhadores que eram submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão. A ação foi realizada em 22 estados e no Distrito Federal e, no total, retirou 532 pessoas dessa situação. De acordo com os dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), divulgados nessa quarta-feira (06), Minas Gerais foi o estado que obteve o maior número de resgatados.

Esta foi a maior ação conjunta de combate ao trabalho escravo e tráfico de pessoas, e contou com os esforços de seis instituições: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Além de Minas Gerais, outros estados registram a maior parte do número pessoas resgatadas: Goiás, com 126; São Paulo, com 54; Piauí, com 42; e Maranhão, com 42. Foi possível identificar que a atividade econômica que tinha o maior número de vítimas na área rural era a do cultivo do café (98), seguida do cultivo do alho (97), e da batata e da cebola (84). Já na área urbana, a maior parte foi identificada em restaurantes (17), oficinas de costura (13), construção civil (10) e trabalho doméstico.

De acordo com as informações da Polícia Federal, o caso que mais chamou atenção aconteceu, exatamente, em Minas Gerais, na cidade de Rio Paranaíba, na Zona Alto Paranaíba. 97 trabalhadores atuavam na colheita de alho, dentre eles, seis adolescentes, incluindo uma mulher grávida. Foi identificado que não havia banheiros o suficiente, nem lugar para aquecer alimentos e cadeiras para os trabalhadores sentarem. Eles não tinham carteira de trabalho assinada e não recebiam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

 

Foto: Polícia Federal

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