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Santos Dumont define representantes para APL do Queijo Minas do Caminho Novo

Santos Dumont define representantes para APL do Queijo Minas do Caminho Novo

Data de Publicação: 8 de dezembro de 2022 09:31:00 Novo arranjo pretende fazer com que a região seja reconhecida pela qualidade na produção de queijo e se torne uma potência do setor

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Por Peterson Escobar - Repórter... 

Na noite dessa quarta-feira (07), uma reunião foi realizada para definir a representação de Santos Dumont no Arranjo Produtivo Local (APL) do Queijo Minas do Caminho Novo. O projeto reúne produtores de sete cidades: Belmiro Braga, Juiz de Fora, Matias Barbosa, Mercês, Santana do Deserto, Santos Dumont e Simão Pereira.

Além de técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER) e outros órgãos, produtores municipais compareceram ao encontro, realizado no auditório da Faculdade Santos Dumont. Após uma apresentação do projeto que pretende fazer a região ser reconhecida pela produção de queijo, os produtores Ronaldo Fagundes do Nascimento e Carla Couto Marques foram eleitos os representantes de santos Dumont dentro do novo arranjo.

"Tirando como base os outros APL que existem no estado e o mais próximo da gente aqui que é o APL da Cerveja, que transformou a realidade do setor na região, eu acredito que o APL do Queijo para Santos Dumont e região pode sim vir a modificar a realidade econômica da cidade, do ponto de vista da melhora e do aumento da produção, além do escoamento. É uma grande política pública que deve ser abraçada pelo município, pelos produtores, pelos órgãos competentes para que isso possa ser instaurado de fato pra gente ter esse impulsionamento econômico-social", analisou Bruno Ghilarducci, que é consultor credenciado pelo SEBRAE e luta pelo desenvolvimento turístico e cultural da cidade.

Está previsto para o dia 19 de dezembro uma reunião, no Sindicato Rural de Juiz de Fora, com as lideranças de todas as cidades que integram o APL para alinhar os trabalhos que vão nortear o novo arranjo.

O que é o APL?

A apresentação do novo arranjo regional que abarca as cidades do Caminho Novo foi feita por Adriana Freitas, que é assessora de setores intensivos em trabalho da Prefeitura de Juiz de Fora.

"O APL como metodologia é você fortalecer arranjos produtivos do mesmo espaço geográfico, onde eles fabricam algo em comum ou o mesmo produto com características próprias, como é o caso aqui da produção de queijo e leite. Essa concentração de produtores nessas sete cidades movimenta outros setores. Quando se fala de queijo, quantas pessoas vivem disso? Você tem produtores, lojas de frios e laticínios, distribuidores de queijo, produtores de leite, de insumos, mais a mão de obra que é gerada", explica.

O grupo trabalha com a expectativa de receber uma certificação do Governo de Minas Gerais no dia 20 de janeiro de 2023. Caso se concretize, será o primeiro APL do Queijo no estado, fortalecendo uma identidade geográfica para a região. Adriana explica algumas das políticas públicas que poderão ser aplicadas.

"Temos, por exemplo, a política pública estadual que nesse momento é a mais importante. O estado reconhecendo aquela atividade econômica naquela região como APL, ele traz uma série de benefícios como editais da Fapemig com verbas públicas que incentivam o investimento em inovação, linhas de créditos do BDMG com taxas acessíveis, junto ao governo federal podemos ter melhoria das estradas vicinais. Além disso, dentro do município você traz uma política pública algo que dê possibilidade às Secretarias de Agricultura e Desenvolvimento de desenvolver projetos e buscar emendas parlamentares que vão fomentar esse setor".

Produção em Santos Dumont

A cidade de Santos Dumont tem o queijo de maneira intrínseca em sua história. Quando o município ainda atendia pelo nome de Palmyra, foi instalado nestas terras, em 1888, a primeira fábrica de laticínios da América do Sul. 

Por anos, a cidade foi referência na produção de queijo, leite e derivados, exportando para grandes centros nacionais e internacionais. Aquela pujança de outrora se perdeu nas décadas posteriores e o protagonismo foi assumido por outras cidades do estado.

Atualmente, segundo levantamento de 2021 feito pela Emater, na chamada bovinocultura de leite, Santos Dumont possui 570 produtores familiares e 292 não familiares. Juntos eles produzem 11.850 mil litros por ano. Essa é a terceira maior produção das cidades que integram o Circuito do Caminho Novo, ficando atrás de Mercês e Juiz de Fora, respectivamente.

 

Fotos: Peterson Escobar

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