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Adenilson Ubaldino conquista o 2º lugar no Mr Olympia Brasil 2022

Adenilson Ubaldino conquista o 2º lugar no Mr Olympia Brasil 2022

Data de Publicação: 27 de setembro de 2022 17:44:00 Atleta é uma das referências do fisiculturismo em Santos Dumont e segue fazendo história

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Por Peterson Escobar - Repórter... 

Talvez ele seja o primeiro nome que venha à cabeça quando se fala de fisiculturismo em Santos Dumont. Foi e ainda é professor de muita gente de talento. E do alto dos seus 49 anos, Adenilson Ubaldino continua a fazer história no esporte.

No último fim de semana, o sandumonense conquistou o segundo lugar da categoria Classic Physique, para atletas acima dos 40 anos, do Mr Olympia Amador Brasil 2022. Realizada em São Paulo, ela é a maior competição amadora de bodybuilding e fitness do país.

"Fiquei muito feliz de ter alcançado esse pódio. Quando iniciei no fisiculturismo, eu pensava muito em vencer. Só que quando você vai com esse pensamento, te acompanha uma carga muito pesada sob seus ombros, e aí você tem sempre que explicar para as pessoas o motivo de não ter vencido. É uma pressão que te atrapalha. De um tempo pra cá, eu tirei isso da cabeça e comecei a pensar: vou fazer o meu melhor. Se o meu melhor for acima do que o melhor do outro, eu vou vencer. Vou lá impor dificuldade... isso me ajudou a chegar mais tranquilo nos eventos", afirma Adenilson. 

O sandumonense foi para a capital paulista acompanhado de sua esposa, Alda Reis, que também competiu. Os dois se credenciaram a participar do Mr Olympia por conta do desempenho no Sardinha Classic, em novembro de 2021, organizado pelo fisiculturista Fernando Sardinha.

Adenilson conta que saiu de Santos Dumont feliz em apenas participar de um torneio dessa magnitude e afirmou que ter alcançado o segundo lugar o mostrou que é possível galgar posições melhores no futuro.

"Estou trilhando um caminho em busca de competir no profissional. É meu objetivo hoje, mas para continuar nessa linha, preciso vencer mais dois eventos e ganhar pelo menos um overall desse. Aí teria direito ao pró card, com chance de competir todos os campeonatos profissionais que acontecem no nosso país e fora também. Isso envolveria patrocínio, outra estrutura", disse. 

O próximo compromisso do fisiculturista é em Belo Horizonte, no dia 12 de novembro, onde será realizado o Maradona Classic.

Preparação, rotina e parceria

Adenilson se reveza entre competições, trabalhos como personal e a administração da academia em que é proprietário. Ele mesmo prepara seu cardápio e planeja os treinos. Houve uma época em que o atleta teve auxílio de um técnico, mas atualmente não considera mais viável.

"Tudo que e faço hoje vem de muito estudo e troca de experiência, você nunca para de estudar. São muitas questões relacionadas às partes nutricional, de anatomia, biomecânica, treinamento etc", comenta.

A rotina é sempre acompanhada da esposa Alda, que serve como peça fundamental no dia a dia há muitos anos. Para competir no Mr Olympia, a preparação foi mais curta do que no início da carreira.

"Eu perdi muito peso em pouco mais de 20 dias. Comecei a preparação no dia 8 de agosto com 16% de gordura e 105 kg. No dia da competição, estava com 3% de gordura e 87 kg. É sofrido, mas já estou bem acostumado. A gente passa por isso tantas vezes, que tiramos de letra. Quando iniciei a carreira, eram seis meses de preparação para competir, hoje esse tempo menor pode-se atribuir ao conhecimento que adquiri sobre meu corpo".

Busca por patrocinadores

Adenilson compete no fisiculturismo desde 2008 e acumula diversos títulos no esporte. O sandumonense é bi campeão estadual e chegou a ser o segundo melhor atleta do Brasil em sua categoria.

Hoje ele considera o vice-campeonato no Mr Olympia como um dos maiores feitos da carreira. No entanto, mesmo com um currículo de respeito, o atleta sofre quando o assunto é patrocínio.

"A verdade é que na cidade a gente não tem suporte. Precisamos de ajuda de todas as formas, custos do evento, estadia, transporte. Esse campeonato foi todo cobrado em dólar, por exemplo. Temos que pagar também a anuidade da federação, quer dizer, são muitos gastos. Tenho parceiros no comércio local que me ajudam e isso dá uma aliviada nas contas. Mas estamos longe do ideal em termos de incentivo e apoio ao fisiculturismo", avalia.

Adenilson revela que o custo total da participação nesse campeonato em São Paulo ultrapassou os R$ 3 mil, somando os gastos da esposa que também competiu. Para o atleta, a questão em Santos Dumont passa por escolhas equivocadas do poder público.

"A Prefeitura trabalha com pessoas na Secretaria de Esporte que não têm uma formação na área, é uma falha e isso engloba várias administrações. Nenhuma delas trabalhou com um profissional que foi se inteirar em diversas áreas e deu atenção para todas as modalidades. Por muito tempo, focou-se apenas em futebol e handebol, hoje em dia nem isso. Tem que atender todas as áreas", afirma.

O atleta finaliza: "fisiculturismo é um esporte novo pro pessoal, agora com ampla divulgação na internet e na mídia está mais conhecido. Nós temos possibilidade de ir longe, levar o nome de Santos Dumont para outros lugares, até fora do país".

 

 

Fotos: Peterson Escobar

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