O Hospital Misericórdia de Santos Dumont (HMSD) é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos. Fundada em 1902 por abnegados senhores que viram já naquela época, a necessidade de uma casa que amparasse e acolhesse os munícipes nos atendimentos mínimos necessários de saúde. 

Começou timidamente através de doações de terrenos e levantamentos de capitais para que aquele projeto pudesse um dia virar realidade. 

Dentre esses abnegados estavam Tabelião Olímpio José da Fonseca Manso; Dr Júlio Gurgel de Amaral; Vigário Raimundo; Dr Antônio Vieira Braga; Jacob Dittz; Alferes Rogério Sant`Anna Mattos, Antônio Fagundes; Dr José Vieira Marques; Jacques Pansardi, Manoel José de Paula; Joaquim Mendes Barreto, entre outros.  

Os terrenos doados ao Hospital vieram de Victor Albaneze; Irmã Dona Flauzina; Jacob Dittz; Irmãos Antônio e Francisco Ladeira; Doutor José Nivolauo Conseglia e sua esposa Dona Custódia Duffle. Estes últimos, doaram um terreno onde hoje é a entrada do HMSD.

HMSD atualmente

Atualmente o Hospital está preparado para atendimentos de média complexidade, abrangendo a uma microrregião de aproximadamente 54 mil pessoas. Além de Santos Dumont, o HMSD recebe pacientes também das cidades de Oliveira Fortes, Aracitaba e Ewbank da Câmara. 

A instituição no momento conta com 81 leitos, centro cirúrgico, UTI, maternidade, enfermarias, pronto socorro 24 horas e sete dias por semana, além dos serviços de apoio realizados, como: farmácia, radiologia, laboratório, fisioterapia, nutrição, lavanderia industrial, higiene e limpeza, administrativo, recursos humanos, manutenção e informática. 

Hoje em dia o Hospital tem 282 colaboradores celetistas e cerca de 50 funcionários contratos para o setor jurídico, sendo a terceira maior entidade empregadora do município. 

Atuação na pandemia

É importante ressaltar que durante o auge da pandemia da Covid-19, o HMSD conseguiu incialmente, em parceria com a Prefeitura, a habilitação junto ao Ministério da Saúde de 10 leitos de UTI Covid e 20 leitos de enfermaria Covid. Posteriormente os leitos de UTI Covid, aumentaram para 12. 

O Hospital Misericórdia acabou se tornando referência para 94 cidades, realizando atendimentos de mais de 1.000 pacientes de fora da microrregião de Santos Dumont. 

Hospital pós alta da pandemia

Com o fim do auge da pandemia, foi reiniciada as obras de ampliação das UTIs existentes, de seis para 10 leitos, conforme doação aportada pela Empresa DOW. Assim, de forma provisória, e uma vez que possuem a UTI Covid desativada, foi transferida a UTI convencional para o 4º Andar, que está ofertando 10 leitos. 

Desses 10 leitos, seis são habilitados pelo Ministério da Saúde e os quatro restantes estão sendo destinados para convênios e emergências, enquanto espera novas habilitações. 

No nível de média complexidade, o HMSD entrou no Programa do Ministério da Saúde pleiteando substituições e ampliações de equipamentos necessários ao nosocômio, sendo que 2 milhões e meio de reais já foram aprovados e executados. Está em curso para os próximos dias, outro programa de 5 milhões e seiscentos mil reais em equipamentos. 

Como resultado destes programas, em parceria com a Prefeitura, o Hospital está em fase final para realização de procedimentos de colonoscopia e catarata, bem como o serviço de hemodiálise que vai atender não só a microrregião, mas como também a macro. 

Já se foram 120 anos de história e isto se deve a vários abnegados que se esforçaram ao longo do tempo para manter o Hospital Misericórdia em funcionamento, o qual se tornou um grande patrimônio de toda a comunidade sandumonense.