Sempre que há reajuste nos preços dos combustíveis nas refinarias de petróleo, não demora para consumidor final ser impactado. Em Santos Dumont o litro da gasolina chega a ser comercializado a quase R$ 7,90. Valor que tem pesado no bolso dos moradores.

Para quem tem o transporte como meio de sobrevivência, como é o caso dos motoboys, dos taxistas e dos motoristas de aplicativo, por exemplo, o golpe foi duro. Hebert Garcia é motorista e trabalha há mais de um ano em uma das plataformas de aplicativo de transporte que operam na cidade. Para ele ficou difícil encontrar uma alternativa.

"Está bem caro. O preço da gasolina sobe e o lucro diminui porque o valor da corrida continua o mesmo. É um impacto direto no bolso", afirma.

O alto valor dos combustíveis vai além e afeta também quem depende do transporte. Na casa de uma família no bairro Córrego do Ouro, dois dos três filhos estudam em faculdades de Juiz de Fora. E aí não teve jeito, com a volta das aulas presenciais e a necessidade de deslocamento diário, o preço das vans particulares também foi reajustado.

"A situação do transporte ficou delicada. Eu havia contratado as vans a um certo valor, mas agora já fui informado que vai haver reajuste. Então pra mim começou a impactar no orçamento", disse o aposentado Toni Magno, pai dos jovens.

Para o economista Luis André, há algumas alternativas para tentar driblar a crise e o momento dos preços lá nas alturas. Segundo ele, a Faculdade Santos Dumont, por exemplo, oferece cursos que alguns alunos fazem fora da cidade. Optar por estudar aqui certamente diminuiria gastos no transporte e na alimentação.

Ainda conforme o especialista, o momento é também propício para a mudança de alguns hábitos como deixar o automóvel de lado e dar um valor maior à própria saúde para os trabalhadores que residem no município.

Fotos e imagens: Jonas Lima