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Deputados derrubam veto de Zema a reajuste para educação, saúde e segurança

Deputados derrubam veto de Zema a reajuste para educação, saúde e segurança

Data de Publicação: 13 de abril de 2022 14:25:00 Assembleia de Minas voltou a referendar recomposição ampliada de 33,24% para educação e 14% para segurança e saúde

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Por Redação 

Por 55 votos a três, os deputados estaduais de Minas Gerais derrubaram, no início da tarde desaa terça-feira (12), veto do governador mineiro Romeu Zema (Novo) relativo a um reajuste salarial ampliado para servidores da Segurança Pública, Educação e Saúde. Zema vetou, na segunda-feira (04) da semana passada, um adicional de 14% para segurança, saúde e 33,24% para educação, referendando uma recomposição de 10,06% a todo funcionalismo público. Eram necessários 39 votos para que o veto fosse derrubado.

Na reunião extraordinária que começou 10h e terminou no início da tarde, 16 deputados se manifestaram favoravelmente à derrubada do veto: Ulysses Gomes (PT), Coronel Sandro (PL), André Quintão (PT), Cristiano Silveira (PT), Betão (PT), Professor Cleiton (PV), Doutor Jean Freire (PT), Beatriz Cerqueira (PT), Delegado Heli Grilo (União), Cleitinho Azevedo (Cidadania), Ana Paula Siqueira (Rede), Sargento Rodrigues (PL), Bruno Engler (PL) e Cássio Soares (PSD).

Eles concordaram com o relatório emitido nessa segunda-feira (11) por Sávio Souza Cruz (MDB) na comissão especial que analisou o veto. Guilherme da Cunha (Novo) e Bartô do Novo (PL) foram os dois que falaram em plenário com opinião contrária à decisão da maioria dos parlamentares.

O assunto tomou conta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) desde antes de entrar em pauta, a partir de movimentos grevistas da segurança, da saúde e da educação. A votação contou com participação popular de manifestantes, que pressionaram os deputados

Na ocasião, Zema já fez um aviso: vetaria qualquer índice superior ao proposto originalmente. "Tenho certeza que nossa Assembleia não vai querer prejudicar mais de 600 mil mineiros, que são aqueles que trabalham ou são aposentados pelo Estado. E como já disse, qualquer coisa maior que vier, será vetada. Então, não temos condição de fazermos", disse, em entrevista coletiva.

Os deputados não gostaram da fala de Zema e emendaram o projeto com os adicionais propostos. Em 30 de março, o texto foi aprovado em segundo turno e com os novos índices emendados. O governador sancionou o texto original e vetou as emendas, dando início à nova tramitação quanto à derrubada do veto - concretizada nesta terça-feira.

O Governo de Minas argumenta que não tem condições de pagar o proposto pelos deputados estaduais. O próprio governador foi às redes sociais nessa segunda-feira e disparou contra os parlamentares em maio à tramitação pela derrubada do veto.

"Cuidado com as fake news daqueles que só se interessam por votos. Os servidores públicos merecem respeito, que começa por dizer a verdade, sem mentiras ou ilusão", começou. "O reajuste de 10% é hoje o limite que o Estado consegue pagar a todos os 600 mil servidores, ativos e inativos, e terá impacto de R$ 5 bilhões/ano nas contas de Minas", completou Zema, no Twitter.

A reportagem solicitou uma nova resposta ao Governo de Minas, agora que o veto de Zema foi derrubado. Agora, por lei, o Executivo tem até 48 horas para sancionar as emendas anteriormente vetadas. Com a visível irredutibilidade do Executivo, há possibilidade de o caso ser judicializado.

 

Foto: E.A Press

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