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Poucos meses após revitalização, Calçadão sofre vandalismo e depredação

Poucos meses após revitalização, Calçadão sofre vandalismo e depredação

Data de Publicação: 3 de junho de 2025 11:04:00 Portal 14B: as tristes imagens do vandalismo são percebidas em pichações, lixeiras danificadas e lixos espalhados pelo chão

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 Por Marco Evangelista - Jornalista da RMJ (Canal 14/Portal 14B)... 

A cena de vandalismo, sujeira e depredação vêm se espalhando pela região central do município e trazendo de volta a triste imagem da degradação cultural de uma sociedade dividida entre os sentimentos de revolta e omissão.

No final de 2024 a praça central e o calçadão passaram por um processo de revitalização e reurbanização, adotando conceitos sugestivos à uma conscientização de todos voltada para bem estar social e atração turística.

A mensagem ainda não foi totalmente captada e toda implementação visual tem sido utilizada como oportunidade somente para expressar “obras artísticas” que refletem a rebeldia enraizada em alguns cidadãos que cultivam o avassalador desejo pela destruição.

Lixeiras quebradas, lixos pela calçada e bancos pichados com figuras sugestivas à libertinagem vêm se agigantando aos olhos estupefatos do cidadão de bem, das autoridades que negligenciam as ações de vandalismo e do comércio local que em silêncio observa a degradação ambiental em torno dos negócios.

Em conversa com um dos participantes do projeto de revitalização da área central do município, e ex-diretor de Cultura, Leonísio Barroso, a expressão de tristeza toma conta de suas palavras:

Todo projeto que você desenvolve para uma cidade — seja em qualquer área, como educação, saúde ou urbanismo — precisa de continuidade. No caso do urbanismo, é necessária manutenção, limpeza constante, que pode ser semanal, quinzenal ou mensal. O que entristece é ver a falta de continuidade em projetos que não pertencem a uma gestão específica... São projetos da cidade.

Uma cidade que pretende ser turística precisa de cuidados, de atenção. Precisa de locais bem limpos, bem organizados, com coleta de lixo regular, ruas e calçadas bem cuidadas, praças arborizadas e floridas. Cuidar de uma cidade é a condição básica para que o turismo possa florescer.”

Léo Barroso ainda enfatizou:

Ao contrário do que muita gente pensa, turismo não é apenas um conjunto de ideias. Turismo é um projeto de implantação de uma indústria — porque o turismo é, sim, uma indústria.

E o que acontece? Tudo começa lá na escola, no ensino fundamental. Todas as crianças deveriam ter a disciplina de turismo em sala de aula. Precisam aprender a cuidar da cidade, saber o que é um ponto turístico, entender a importância do turismo na geração de empregos.

Quando, no futuro, todo o processo da indústria do turismo estiver consolidado, essas crianças serão as que ocuparão os empregos gerados por ela.

Para uma cidade que tem o ideal de ser turística, é preciso vocação. É preciso se preparar, se organizar, se planejar e, principalmente, manter-se: limpar, conservar.

É muito triste ver uma ideia de embelezamento sendo depredada. Ninguém quer visitar uma cidade suja, sem flores, sem árvores, com calçadas quebradas.

Mas isso não é culpa apenas deste ou daquele governo. É a falta de noção sobre o que é, de fato, um bem público. O que é uma praça, um banco, um jardim, um monumento.

Essa compreensão ainda não existe aqui na cidade, justamente pela ausência de uma política pública voltada à implantação dessa atividade.

É preciso mudar e conscientizar as pessoas.”

 

Fotos: Jornalista Marco Evangelista

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