Nana Caymmi, uma das maiores cantoras do Brasil, morreu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A artista estava internada desde julho do ano passado, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul, onde deu entrada para tratar uma arritmia cardíaca.

Segundo o hospital, a morte se deu em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos.

Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941 – fez aniversário dois dias antes de morrer –, a carioca cresceu em uma família de músicos: era filha de Dorival Caymmi com Stella Maris, e irmã de Danilo Caymmi e Dori Caymmi.

Em nota, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, lamentou a morte e prestou homenagem.

“Filha de uma família que construiu a história da nossa música, ela trilhou seu próprio caminho com personalidade e talento raro. Seu canto continuará ecoando com a emoção que sempre nos tocou”, lamentou.

Vida e obra

Nana Caymmi nasceu em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro. Filha do compositor Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris. Seus irmãos Dori e Danilo também seguiram carreira musical.

Sua estreia como cantora foi em 1960, quando ainda era adolescente. Na época, gravou “Acalanto”, composta por seu pai, em um LP que ele produzia.

No mesmo ano, lançou seu primeiro compacto solo e assinou contrato com a TV Tupi, onde apresentou os programas “Sucessos Musicais” e “A Canção de Nana”, ao lado do irmão Dori.

Com interpretações marcantes e uma carreira sólida, Nana se consolidou como uma das grandes vozes da música brasileira. Era conhecida também pela franqueza com que conduzia sua trajetória artística.

Em 1961, deixou a carreira para se casar com o médico Gilberto José Aponte Paoli e se mudou para a Venezuela, onde nasceram suas duas filhas: Stella Teresa, em 1962, e Denise Maria, em 1963.

Nos anos 1970, retomou a carreira artística ao lado de talentos emergentes da MPB, como Marcos Valle, e se apresentou em diversos países da América do Sul. Em 1973, lançou seu segundo LP, Nana Caymmi, pelo selo argentino Trova.

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