Depois de atrair mais de 600 mil visitantes no Museu Catavento, em São Paulo, a exposição Santos Dumont: entre máquinas e sonhos prepara agora sua primeira viagem internacional. A partir desta segunda-feira (14), a mostra — que celebra a genialidade do inventor brasileiro — será apresentada simultaneamente em Budapeste, na Hungria, e em Košice, na Eslováquia.

Idealizada por ocasião dos 150 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont, a exposição ganha agora uma versão itinerante e bilíngue, com apoio da Embaixada do Brasil na Hungria, do Consulado da Hungria em São Paulo e patrocínio da Embraer. A estreia europeia será na Academia de Ciências da Hungria, um dos centros culturais mais prestigiados do país, com três réplicas em miniatura das aeronaves que marcaram a trajetória do 'Pai da Aviação': o 14-Bis, o Demoiselle e o Dirigível nº 9.

Mais do que engenhos técnicos, essas máquinas contam histórias: do primeiro voo autônomo da história à leveza das estruturas que desenharam os céus de Paris, passando pelos passeios aéreos cotidianos de Santos Dumont, que estacionava seu dirigível em frente a restaurantes e residências. A mostra traz ainda 20 painéis ilustrados que percorrem os feitos do inventor — do relógio de pulso à escada dobrável que criou em sua casa em Petrópolis.

Enquanto Budapeste recebe os protótipos, a cidade eslovaca de Košice inaugura no mesmo dia uma versão paralela da exposição no Museu da Aviação, com os mesmos painéis biográficos. Após a itinerância na Hungria, as réplicas seguirão viagem rumo à Eslováquia, onde se tornarão parte do acervo local.

A exposição propõe uma leitura mais íntima da vida de Santos Dumont, revelando não apenas o engenheiro ousado, mas o visionário que acreditava na ciência como bem coletivo — tanto que jamais patenteou suas invenções. Sua trajetória encontra eco na missão do Museu Catavento: despertar, por meio da ciência, o fascínio pela invenção e pelo sonho.

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