Foi convertida para preventiva as prisões de cinco investigados no assassinato de Sebastião Felipe Ladeira, de 37 anos, colocado no porta-malas de um carro e espancado até a morte após uma briga no último domingo (23), em Juiz de Fora. O grupo deu entrada no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) na segunda-feira (24).

A decisão foi assinada pela juíza Joyce Souza de Paula e confirmada ao g1 pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, nessa quinta-feira (27).

Até o início da manhã desta quinta (27), seis pessoas suspeitas de participação no crime já tinham sido presas. A última detenção foi de Itamar Bisaggio Júnior na quarta-feira (26), que no dia da agressão de Sebastião Ladeira estava na boate Madeira's Lounge. O mandado de prisão preventiva dele foi cumprido no Bairro Recanto dos Lagos.

Veja abaixo a lista dos suspeitos que tiveram a prisão preventiva decretada nessa quinta:

• Victor Oliveira Assis Madeira: filho da proprietária
• João Pedro Lopes da Silva Souto: funcionário de apoio da boate
• Rafael Jefferson de Souza Venâncio: funcionário de apoio da boate
• João Carlos de Oliveira: funcionário de apoio da boate
• Ricardo Venturini Matozinhos Matos: produtor de eventos

Em nota, o advogado de Ricardo Venturini Matosinhos Matos afirmou que só irá se manifestar dentro do processo. A reportagem entrou em contato com os advogados de defesa dos outros suspeitos e aguarda retornos.

Sebastião Felipe Ladeira estava dentro da Madeira's Lounge quando se envolveu em uma briga, conforme o BO. De lá, o caminhoneiro foi colocado no porta-malas de um carro. Com o homem dentro do automóvel, o veículo andou alguns metros.

Em seguida, ele foi retirado lá de dentro e agredido na rua por várias pessoas. O Serviço Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas a vítima morreu ainda no local.

A morte de Sebastião Felipe foi causada por traumatismo cranioencefálico contuso, segundo o laudo de necropsia, que apontou, ainda, ferimentos na nuca, orelha e outras escoriações no corpo da vítima.

O que a delegada apura

Em entrevista coletiva, a delegada Camila Miller, titular da Delegacia Especializada em Homicídios, explicou que será apurado quem omitiu socorro e quem participou diretamente do espancamento.

“Não vou diminuir a responsabilidade de ninguém que estava lá, porque todo mundo estava lá na hora em que o rapaz foi agredido e morto. O que a gente vai fazer é individualizar a conduta de cada um”, disse.

Ainda segundo a delegada, outros pareceres periciais serão entregues, e mais testemunhas serão ouvidas nos próximos dias.

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