Familiares denunciam falta de assistência de motorista que atropelou homem na noite de Natal em Santos Dumont
Portal 14B: Wellington 'Manquinho', como é conhecido, foi atropelado, por volta das 22h no dia 25 de dezembro e, desde então, segue em estado grave no hospital
Por Isabella Sad - Repórter...
A família de Wellington das Chagas, mais conhecido como 'Wellington Manquinho', denuncia a falta de assistência por parte do motorista responsável pelo atropelamento do rapaz na noite do Natal de 2024 em Santos Dumont.
Welligton tem 34 anos e, desde o dia 25 de dezembro, está em estado grave e entubado na UTI do Hospital Misericórdia de Santos Dumont (HMSD).
Parentes da vítima afirmam que conhecem o condutor do veículo que causou o acidente e disseram que o procuraram em casa, mas foram recebidos pela família do motorista, que teria oferecido "carona para levá-los ao hospital ou um lanche, se precisarem".
"Fomos na casa do motorista, ele não quis se apresentar, se escondeu, e a família dele que conversou com a gente. A família disse que só foi uma esbarradinha, no local tem câmera, mas não quiseram passar as imagens. Só falaram que se precisássemos de carro ou de salgado que é para ir na casa deles. [...] Esperávamos mais, que eles dessem mais assistência, que fossem mais presentes e se preocupassem mais, pois hoje (segunda-feira) já faz 12 dias que ele tá em coma na UTI", declaram as irmãs Ana Amélia e Carolina Silva, primas de Wellington.
O acidente
Segundo a família de Wellington, o atropelamento aconteceu por volta das 22h na Rua José Puliese, no Bairro Nossa Senhora Aparecida, próximo ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Hélio Reis. Os parentes relatam que Wellington, ao atravessar a rua, foi surpreendido por um carro em alta velocidade que seguia no sentido Centro x Bairro.
"Ele estava descendo da rua de terra, nisso ele esperou um carro passar e atravessou. No que ele atravessou, um outro carro veio com muita velocidade e atropelou ele jogando a uma distância longa", conta Ana Amélia.
Ainda conforme a prima da vítima, que voltava para casa no momento que se deparou com o acidente, depois do atropelamento, o motorista prosseguiu a viagem, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado por alguns populares que testemunharam o ocorrido. Contudo, momentos depois, o motorista retornou ao local.
"O cara voltou no local do ocorrido e foi liberado pelo Samu sem a presença de um policial", afirma Ana Amélia.
Ao Portal 14B, o Samu informou que a equipe não pode reter ninguém no local, uma vez que os trabalhadores não possuem poder de polícia para prendê-lo ou segurá-lo, e ainda, estavam atendendo o paciente que apresentava rebaixamento de nível de consciência, escoriações e corte superficial na cabeça, sem fratura.
Já a Polícia Militar, informou que a corporação foi acionada no pronto-atendimento por funcionários do HMSD, sobre a chegada de uma vítima de possível acidente de trânsito.
Contudo, durante o atendimento, o médico plantonista verificou que o paciente se encontrava com sinais de overdose e inconsciente. Ainda de acordo com a polícia, uma parente da vítima compareceu ao hospital, porém não soube relatar o que havia acontecido com Wellington.
O Portal 14B ressalta que o espaço está aberto para que o motorista envolvido no acidente possa se manifestar sobre o caso.
Foto: Arquivo/Isabella Sad