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Documentário “Santos Dumont, O Céu na Cabeça” estreia nesta sexta-feira

Documentário “Santos Dumont, O Céu na Cabeça” estreia nesta sexta-feira

Data de Publicação: 18 de julho de 2024 10:55:00 Portal 14B: Longa-metragem será exibido com exclusividade na plataforma digital CurtaOn às 22h

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 Por Redação com informações da Revista de Cinema...

 

Estreia nesta sexta-feira (19), às 22h na plataforma digital CurtaOn, o documentário “Santos Dumont, O Céu na Cabeça”. Dirigido por Eder Santos e Monica Cerqueira, que também assinam o roteiro, o longa-metragem traz detalhes da vida pessoal e profissional de Alberto Santos Dumont por meio de uma pesquisa minuciosa. 

“A gente fez questão de contar com especialistas, para evitar achismos e relatos fantasiosos”, conta Monica, que buscou parentes vivos do biografado e conseguiu entrevistar Alberto Dodsworth, um dos sobrinhos-bisnetos do inventor.

O documentário que possui 72 minutos de duração, conta também com imagens de arquivo e de dezenas de invenções do aviador, recortes de jornais nacionais e internacionais, documentos pessoais e entrevistas com pesquisadores brasileiros, franceses e americanos que integram a obra.

“A gente quis mostrar como esse brasileiro que foi a Paris aos 18 anos se tornou uma celebridade. Tudo que ele fazia era noticiado. Em dez anos, ele fez 22 máquinas voadoras, desde balões e dirigíveis até o avião. Ele construía e pilotava essas máquinas, o que era uma coisa arriscada. Muitos homens morreram tentando realizar o sonho de voar”, ressalta Monica.

“Santos Dumont – O Céu na Cabeça” é uma produção da Trem Chic, viabilizada pelo CurtaOn através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Para quem perder a estreia, o longa poderá ser visto no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro TV+ e no site oficial da plataforma um dia depois da estreia.

Saiba mais sobre o documentário e Alberto Santos Dumont

Um homem com os pés no chão e o céu na cabeça, que desde criança dizia que o homem podia voar e que transformou essa certeza em realidade. Assim era o mineiro Alberto Santos Dumont (1873-1932), personagem do documentário inédito “Santos Dumont – O Céu na Cabeça”.

Filho de um engenheiro e cafeicultor, Dumont se apaixonou ainda cedo pelas histórias de Júlio Verne. O autor francês, considerado o inventor da ficção científica, escrevia histórias sobre máquinas gigantes capazes de flutuar no ar. O jovem brasileiro, que via a primeira ferrovia do país ser construída em sua cidade natal, pensava que os gigantes voadores já haviam sido inventados. Sem as amarras do impossível, sua mente inventiva se debruçou sobre os estudos e as experimentações para realizar tal feito.

“Santos Dumont é um brasileiro fascinante, eu diria que é um herói. Pra mim, ele deu o primeiro grande passo da aeronáutica. O problema era como dirigir os balões, que ficavam ao dispor do vento”, explica o historiador Alberto Dodsworth. O primeiro dirigível construído por ele utilizou a recém-lançada tecnologia do motor a petróleo, possibilitando dirigir um balão e realizar o sonho de poder voar pelos ares.

A França foi a casa das grandes conquistas de Dumont. Ele chegou ao país em 1892 e intensificou seus estudos sobre a aviação. Cada uma de suas construções era melhor do que a anterior, trazendo a resolução de problemas e buscando a autonomia da máquina. Em 1901, ele decidiu participar de um torneio que iria premiar o aviador que usasse o seu dirigível para dar uma volta na recém-inaugurada Torre Eiffel. Dumont foi o mais rápido a completar o percurso e distribuiu o prêmio entre os mecânicos da sua equipe e os mais desafortunados.

Alguns anos depois, em 1906, ele ganhou outra premiação importante para sua trajetória. Com o famoso 14-Bis, primeiro avião mais pesado que o ar, Dumont conquistou o Prêmio Archdeacon e o Prêmio do Aeroclube da França ao voar mais de 200 metros pelos céus de Paris. Todas essas construções e seus resultados eram catalogados e divulgados pelo próprio aviador, que nunca registrou uma patente.

Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, Dumont viu com pesar sua invenção ser usada como arma de destruição. Infeliz e se sentindo culpado, abandonou os estudos na área da aviação e retornou ao Brasil. Ao voltar, resolveu seguir os passos de seu pai e se dedicar à vida no campo. Lutando contra o pesadelo que era ver as suas criações usadas belicamente, durante anos tentou impedir essa utilização sem, no entanto, alcançar sucesso. Em 1932, Santos Dumont tirou a própria vida, ação essa que ficou em segredo durante anos.

 

 

 

Foto: Divulgação/CurtaOn

 

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