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Câmara de Santos Dumont realiza audiência pública para discutir serviço de inspeção sanitária de produtos de origem animal

Câmara de Santos Dumont realiza audiência pública para discutir serviço de inspeção sanitária de produtos de origem animal

Data de Publicação: 21 de junho de 2024 10:08:00 Portal 14B: Evento contou com a presença de produtores rurais, políticos e direção do Cimpar

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 Por Gilberto Freire - Reoórter...

 

Na noite de terça-feira (18), a Câmara de Santos Dumont realizou uma audiência pública para discutir o Projeto de Lei (PL) nº 48/2022 que dispõe sobre o Serviços de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal em Santos Dumont.

A audiência contou com a participação de produtores rurais, políticos e diretores do consórcio Cimpar, levando um publico considerável ao Plenário Maurílio do Carmo Ribeiro.

Flávio Faria, presidente da Câmara, abriu a audiência pública e concedeu a palavra ao vereador Conrado Luciano Baptista, que fez suas considerações a respeito da antiga legislação e sobre a proposta que tramita na Casa. O parlamentar buscou o consenso entre as partes envolvidas, sugerindo a criação de uma comissão de parlamentares e produtores rurais para que o texto do PL seja discutido. 

A proposta encaminhada pelo prefeito Betinho ao Legislativo em 2022 não foi votada na Casa, já que o texto recebeu pressão dos produtores rurais, que veem na iniciativa altos custos que podem até inviabilizar seus empreendimentos. 

Já a proposta que tramita no Legislativo atualmente é uma nova legislação que, segundo o chefe do Executivo, segue um padrão para os municípios consorciados ao Cimpar e que substituirá a Lei de 2003 do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), promulgado pelo então prefeito Dr. Pacífico Estites Rodrigues.  

Pela importância da discussão, esteviram presentes Davi Carvalho Pimenta, presidente do Cimpar e prefeito de Simão Pereira; José Maria Novato, vice-presidente e prefeito de Ewbank da Câmara; Dr. João Paulo Meirelles Carvalho Filho, procurador jurídico do Cimpar;  entre outros profissionais técnicos da entidade. 

Veja alguns dos posicionamentos na audiência:

Davi Carvalho - presidente do Cimpar

 “...Vim falar a vocês que o Cimpar em Juiz de Fora já tem 50 cidades cadastradas, com uma população de 2 milhões de habitantes. Temos um histórico em que o Cimpar nunca puniu ninguém e o nosso dever como presidente é buscar o diálogo, é abrir as portas do Cimpar. Queremos trazer facilidades para os municípios e termos um desenvolvimento melhor, buscando melhores preços, licitações facilitar a vida das prefeituras, prefeitos e vereadores...”

José Maria Novato - vice-presidente do Cimpar

“...Esse foi um projeto que também teve bastante discussões na Câmara de Ewbank da Câmara. Em um primeiro momento a Casa até me devolveu o projeto. Fui vereador de três mandatos, vocês me conhecem longamente da vida pública, fui duas vezes prefeito, duas vezes vice-prefeito. Então a gente sabe que o papel do vereador é esse mesmo, é abrir as discussões, é buscar o melhor entendimento e a melhor forma possível que a vossa população e, principalmente os produtores rurais, não saiam prejudicado nesta história. Lá houve entendimento da Casa e o projeto foi aprovado por unanimidade. Agora estamos na fase em que os produtores querem se certificar no consórcio, estão se adequando...”

Dr. João Paulo Meirelles - procurador jurídico Cimpar

“...Nós temos o site do Cimpar para consulta pública e vocês poderão analisar lá que Dona Euzébia, Piedade do Rio Grande, Andrelândia e mais algumas cidades aprovaram nestes 12 últimos meses as legislações aplicáveis ao SIM. Este movimento foi feito pelo Cimpar por quê? Hoje no país os consórcios e associações estão sendo visto como mecanismos e ferramentas mais fáceis para que os municípios possam conseguir seus objetivos...”

Dr. Afonso Sérgio Costa Ferreira - advogado e produtor rural

“...Nós temos diante de nós produtores da cidade de Santos Dumont, eu sou neto de queijeiros, filho de queijeiros. Nós temos aqui coisas que nós temos que refletir e refletir muito para que nós possamos evoluir como sociedade. Me assusta que nós temos uma lei de 2003 regulamentada somente no ano de 2019 e somente em 2022 o Executivo apresenta uma autorização para se fazer um convênio com consórcio para, como foi dito pela representante da Secretaria de Agricultura, terceirizar a fiscalização. Mas nós sabemos que a função de uma secretaria vai muito além do que fiscalizar (...) vincular o consórcio para pagar R$ 1,2 mil para uma fiscalização não é estar do lado dos produtores de Santos Dumont. É preciso orientá-los, fazer com que seus negócios possam evoluir e possam até mesmo continuar do tamanho que estão, porque essa pode ser uma opção de vida..."

Elizangela Mendes - servidora da Secretaria de Agricultura e Pecuária

"...nós já tinhamos procurados os laticínios interessados ao consórcio, participamos de reuniões com o Vander da Vigilância Sanitária e achou-se interessante porque estaria legalizando segundo a lei de 2003. Essa é uma lei seca que cria o SIM, mas não cria nenhuma regulamentação, desde então foi autorizado os laticínios funcionarem...".

Diante da pluralidade de opiniões, várias pessoas fizeram suas considerações a favor e contra a nova legislação, porém o tema pode vir a ser judicializado.

Fotos: Gilberto Freire

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