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Por que o carro do "fumacê" não passa na minha rua? Autoridades de saúde explicam situação em Santos Dumont

Por que o carro do "fumacê" não passa na minha rua? Autoridades de saúde explicam situação em Santos Dumont

Portal 14B: Há dois tipos de "fumacê", no entanto, escassez de inseticida e prioridades do Estado dificultam utilização do recurso na cidade

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 Por Peterson Escobar - Repórter...

Que o "fumacê" é um aliado para o combate do mosquito transmissor da dengue, não há dúvidas. Mas a utilização do veículo em Santos Dumont que espalha o inseticida pelas ruas e residências requer alguns critérios. 

Nessa quinta-feira (18), o Portal 14B conversou com Odinéia Amorim, chefe do Departamento Municipal de Vigilância em Saúde, que explicou o motivo dos sandumonenses ainda não terem visto nenhum veículo aplicando o recurso na cidade, mesmo diante da epidemia de dengue.  

"Nós temos duas formas de fazer o "fumacê". Primeiro é através do Ultra Baixo Volume (UBV) veicular, que chamamos também de 'UBV pesado'. Esse nós já solicitamos para Juiz de Fora desde o início do aumento do número de casos, pois esse 'fumacê' é liberado pela Regional de Saúde de JF através dos coordenadores e supervisores de lá", disse. 

Odinéia continua: "esse UBV pesado, que atinge toda a cidade, com o carro passando nas ruas, nós ainda não conseguimos porque o estado atualmente tem um quantitativo para nossa região de 9 veículos mas está com 298 municípios a serem atendidos. Então eles estão dando prioridade para os municípios com o maior número de casos em semanas epidemiológicas. Nosso município está na fila de espera, encaminhamos toda documentação que nos foi pedida e estamos aguardando essa lista de prioridade", explica. 

De acordo com o levantamento mais recente da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado no dia 12 de abril, Santos Dumont tem 782 casos confirmados da doença e uma morte em investigação. Ainda que os números impressionem e a marca seja a maior da série histórica, o município passa por situação menos preocupante do que cidades da região, na avaliação do Estado. 

Sendo assim, as autoridades de saúde utilizam atualmente em SD o chamado 'UBV costal', que é aquele em que agentes são equipados individualmente com bombas. Contudo, mesmo sendo mais simples do que o "fumacê" veicular, há registro de escassez de produto para a aplicação do UBV costal. 

"Esse UBV a gente faz mediante o recebimento de notificações. Como está tendo uma contenção de produto, que no caso é um inseticida chamado Cielo, uma quantidade reduzida pra MInas Gerais como um todo, eles estão racionando pra gente. Então nós estamos dando prioridade para aquelas áreas mais críticas e aqueles locais com maior risco de contaminação, principalmente em áreas com escolas, creches, idosos, maior número de notificações. Estamos atendendo na medida do possível com essa dificuldade", explica Odinéia.

Diante do cenário de baixa no estoque do produto Cielo, Cláudia Paschoal, secretária de Saúde de Santos Dumont, afirmou que a cidade se movimenta para adquirir o produto por conta própria. 

Fotos: Reprodução

 

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