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Pontilhão Vasconcelos, o popular "Três Bocas", passa por revitalização em Santos Dumont

Pontilhão Vasconcelos, o popular "Três Bocas", passa por revitalização em Santos Dumont

Portal 14B: Trabalho envolve parceria da RMJ, MRS, Defesa Civil e Conselhos Municipais de Patrimônio e Turismo

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Por Peterson Escobar - Repórter... 

Um dos pontos mais emblemáticos da cidade de Santos Dumont, o Pontilhão Vasconcelos, popularmente conhecido como "Três Bocas", passa por uma revitalização desde meados de janeiro deste ano.

A iniciativa foi idealizada pela Rede Municipal de Jornalismo (RMJ) em convergência com um projeto de manutenção elaborado pela MRS Logística. O trabalho conta com o apoio dos Conselhos Municipais de Patrimônio e também de Turismo, além da Defesa Civil.

"Todo o entorno será limpo e revitalizado para preservação de viaduto feito no final do século XIX", disse Marco Evangelista, um dos conselheiros de Patrimônio da cidade de Santos Dumont.

Segundo Marco, a RMJ ainda promoverá outros projetos de recuperação histórica sobre as estações ferroviárias de Mantiqueira e João Ayres.

Conforme o plano de trabalho da MRS, a revitalização ainda envolve ações como:

  1. Limpeza da estrutura por hidrojateamento;
  2. Limpeza e recuperação dos taludes;
  3. Recuperação da canaleta de drenagem;
  4. Recuperação da alvenaria de cantaria;
  5. Tratamento das fissuras existentes;
  6. Tratamento superficial do concreto;
  7. Recuperação do guarda-corpo metálico;
  8. Instalação de drenos.

O Pontilhão, que exerce ainda sua função ferroviária, está localizado entre o Bairro Santo Antônio e o povoado de Recenvindo, além de servir como passagem para a estrada que dá acesso ao Museu de Cabangu, principal ponto turístico do município.

História

Construído em pedra sobre pedra, o pontilhão segue o estilo de arquitetura romana devido a suas arcadas. Está localizado nas proximidades do Bairro Santo Antônio, no Km 328 da estrada de ferro. Este viaduto foi projetado pelo engenheiro Henrique Dumont, pai de Alberto Santos Dumont, e é um marco da engenharia ferroviária do final do século XIX. Ele foi tombado pela Prefeitura de Santos Dumont através do decreto nº 1.440 de 28/12/1998.

Max Vasconcelos era um escritor, poeta, advogado e jornalista, natural de Campo dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Ao visitar a região da fazenda Cabangu, se encantou com o lugar. Tempos depois, o viaduto foi batizado em seu nome.

Em 1928, o ufanismo de Max Vasconcellos descrevia o lugar:

"Logo adiante desta estação os trilhos curvam-se no molde perfeito de uma ferradura; do lado externo da ferradura gigantesca, avarandada, entre umbrosos arvoredos e à beira de formoso lago, depara-se rosea e modesta casinha. Aquele pequeno lago reflete toda a luz fulgurante de um mundo de glórias! Aquela pequena casa é o ninho do gênio que realizou uma as maiores conquista humanas! Ali nasceu Santos Dumont".
 

Fotos: Marco Evangelista / Divulgação / Arquivo

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