Santos Dumont tem  o registro de 77 casos confirmados de dengue. A informação é da Vigilância Municipal em Saúde e leva em consideração a contagem feita até o início da tarde desta sexta-feira (09). 

O Portal 14B apurou que outros 66 casos ainda estão em análise e a tendência é que os números subam nos próximos dias. Um dos fatores que preocupam as autoridades de saúde do município é relacionado às viagens para outras regiões que as pessoas fazem no período carnavalesco. 

"Nesse momento, apesar dos números de notificações, de casos suspeitos, nós estamos com a situação controlada. Nossos agentes de endemias estão fazendo tratamento nos focos e conseguindo eliminá-los. Mas diante do cenário a nível estadual a gente tem uma preocupação em relação a esse aumento, principalmente em virtude das festividades do Carnaval em que inúmeras pessoas vão viajar para outros locais praianos que podem estar passando por uma epidemia e voltem muitos munícipes contaminados", afirmou Cláudia Pascoal, secretária municipal de saúde, uma semana antes do início das festividades.

Até o dia o dia 30 de janeiro eram 19 casos confirmados e 32 casos suspeitos no município. Ou seja, Santos Dumont teve um aumento de mais de 300% dos casos positivos no período de 10 dias.

Maioria dos focos estão dentro de casa

Um estudo do Ministério da Saúde concluiu que três em cada quatro focos do mosquito da dengue estão dentro da casa dos brasileiros. Em Santos Dumont, segundo a Vigilância em Saúde, o cenário é o mesmo. 

"Nós olhamos os ralos com água parada, olhamos os quintais das casas das pessoas, infelizmente estamos achando muito foco dentro das residências. Nós tratamos com esse produto que é o larvicida em pó, com durabilidade de dois meses", explica Viviane Araújo, agente de endemias.

Nessa semana, a Prefeitua iniciou um mutirão de limpeza contra a dengue na cidade. O objetivo da ação é coletar o máximo de materiais nas residências e locais com possíveis focos do mosquito que possam acumular água e servir como criadouro do Aedes aegypti.

Utilização do "fumacê"

A utilização do "fumacê", nome popular do inseticida de ultrabaixo volume (UBV), é um dos pedidos mais comuns dos moradores no combate contra a dengue. Por ser mais visual, ele chama mais a atenção e passa a sensação de segurança, no entanto, os especialistas afirmam que esse trabalho é específico e nem sempre é o mais recomendado.

"A gente tem que ter a notificação que a pessoa está com dengue pra gente usar o fumacê. A gente abre um raio de 300 metros para matar a fêmea que está naquele local pois ela vive em média de 30 a 45 dias, podendo fazer muito estrago nesse tempo todo. Vale lembrar que só a fêmea é quem pica. Às vezes, as pessoas perguntam: por que não passa o fumacê na cidade inteira? Porque ele polui o solo, é larvicida, intoxica, então tem que ser só em caso de dengue mesmo", explicou Viviane Araújo, agente de endemias.
 

Fotos: Divulgação/Reprodução