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Vídeo: risco de dengue na Rua 13 de Maio preocupa moradores

Vídeo: risco de dengue na Rua 13 de Maio preocupa moradores

Data de Publicação: 8 de fevereiro de 2024 15:28:00 Vigilância em Saúde informou que esteve no local e realizou o trabalho para evitar criadouros do mosquito

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Por Peterson Escobar - Repórter... 

Maria das Dores e Selma Gonçalves são vizinhas e compartilham da mesma preocupação: a dengue. Ambas moram na Rua 13 de Maio, no Centro de Santos Dumont, e dividem parede com uma obra paralisada há cerca de um ano. A situação no terreno ao lado vem tirando o sossego das moradoras. 

"Preocupante, né? A gente sabe da situação da dengue não só na cidade como no país inteiro. Essa obra tá me deixando muito preocupada, você reclama com que joga pra outro", desabafou Selma. 

"Tá sendo demais, na minha casa então parece que tá tendo mais, é de dia de noite, luz apagada, luz acesa, não tem hora para os mosquitos atacarem. To vivendo com uma garrafinha na mão porque toda hora estou sendo picada", relatou Maria.

Mesmo atitudes simples do dia a dia como sentar para tomar um café na cozinha tem tido interferência com a presença dos mosquitos e o medo de contrair a doença é real. 

"Idoso sofre e criança também, nós não temos tanta imunidade, aí fica difícil", afirmou Maria das Dores que recebe com frequência o neto em casa. 

Na rua ainda há a sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), uma escola infantil e um centro de fisioterapia para idosos. Mas apesar do grande número de poças d'água tanto na parte de baixo quanto na lage do prédio, a Vigilancia não encontrou focos de dengue no local. 

"A gente teve ciência da situação na primeira quinzena de janeiro, notamos o volume de chuva e realmente recebemos as denúncias. Como a gente já conhece o proprietário da obra, eu entrei em contato com ele, que liberou um funcionário para abrir pra gente, então viemos no local e eu tratei todas as poças de água, que são várias realmente. Coloquei um larvircida, que tem durabilidade de dois meses e está fazendo efeito", disse Liliane Mendes, agente de endemias. 

Liliane ainda explicou que o produto não perde a eficiência durante o período, mesmo exposto às condições climáticas.

Nesse caso da Rua 13 de Maio, depois da notificação houve colaboração do proprietário, mas nem sempre é assim. Cláudia Pascoal, secretária de Saúde explica como a Vigilância atua diante das denúncias sobre terrenos particulares e públicos. 

"Tem uma legislação que não permite, apesar da gente estar prevenindo uma arbovirose, nós não podemos invadir os terrenos particulares para uma limpeza. Então a gente tem que notificar o proprietário, depois multar pra que ele faça a limpeza desse terreno. A gente enquanto órgão público, nós não podemos fazer a limpeza, a não ser que seja público", afirmou Cláudia.

Quem vive com medo da doença, se preocupa em casos que há dificuldade de se encontrar o proiprietário de um terreno e exige agilidade e eficiência do poder público. 

"Desde que a dengue começou a se alastrar no país inteiro, você vê que Barbacena já teve óbito, Juiz de Fora está fazendo mutirão, e a gente não viu nada aqui em Santos Dumont. A  partir do momento que está colocando vidas em risco, a lei tem que ser deixada um pouco de lado. Se o dono não toma providência, o que você vai fazer? Vai esperar alguém morrer pra ir atrás dele?", comentou Isabel Couri, professora que também mora na Rua 13 de Maio.

 

Foto: Reprodução Portal 14B 

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