Uma cena curiosa chamou atenção de quem passava pela Avenida Eugênio Nascimento, no Bairro Aeroporto, em Juiz de Fora, no fim da tarde da última sexta-feira (06). Calmamente, um bicho-preguiça atravessava a via.

O motorista Israel Guedes, de 33 anos, foi um dos que parou para esperar o bichinho passar. Ele gravou o momento e postou o vídeo nas redes sociais.

“Eu estava chegando em Juiz de Fora. Fui fugir do trânsito saindo Salvaterra e passando pelo São Pedro. De repente, foi a maior surpresa. Parei o carro, liguei o alerta. Nunca tinha visto um bicho-preguiça na minha frente”, disse, ainda surpreendido pelo momento.

A narração, em “mineirês” e em modo lento, desperta risos de quem assiste o vídeo. “Gravei para mandar para minha irmã. O pessoal tem visto e achado engraçado”.

Bicho-preguiça atravessando lentamente avenida em Juiz de Fora — Foto: Israel Guedes

Conforme informações do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar de Meio Ambiente, não houve acionamento da corporação para resgate de bicho-preguiça na tarde de sexta em Juiz de Fora.

Israel comenta que, como não sabia o procedimento correto, optou por deixar o animal passar, sem incomodá-lo. “Não sei manusear, não sei segurar [o bicho preguiça]. Não sei até que ponto podia pegá-lo. A melhor técnica, então, foi parar, esperar ele passar e depois seguir”, explica.

“É um bichinho que anda realmente bem devargazinho”, brinca. “Mas curti bastante ver ele passando por ali, pertinho da gente. Todo parou para ver um pouquinho”, disse satisfeito após a rara oportunidade.

Conheça o animal

O bicho-preguiça é um animal mamífero encontrado nas Américas. Ele tem hábitos diurnos e noturnos e, graças às garras, vive pendurado em copas de árvores, se alimenta de folhas, ramos e brotos de várias plantas.

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), não há uma expectativa de vida precisa sobre esses animais. Machos e fêmeas atingem a maturidade sexual com seis anos, quando então alcançam peso e tamanho de um adulto.

A orientação, em caso de circulação dos animais fora do habitat natural, é acionar o Corpo de Bombeiros ou a Polícia Militar de Meio Ambiente e evitar contato direto com, já que as garras deles podem causar ferimento.

Foto: Israel Guedes