Novo coordenador da bancada mineira, em Brasília, o deputado federal Luiz Fernando Faria (PSD) pretende trabalhar prioritariamente pautas que agilizem o processo de concessão da BR–381 no Estado e da construção do Rodoanel Metropolitano. 

O parlamentar, que venceu a disputa e vai assumir a coordenação da bancada mineira no Congresso Nacional, pretende ainda utilizar da boa relação e do bom trânsito que possui com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP), para avançar nas discussões sobre o leilão do metrô de Belo Horizonte. A intenção do deputado é que a concessão saia logo do papel e vire  realidade para os mineiros. 

No fim do ano passado, após muitos pedidos de cancelamento do leilão por parte da bancada do PT, a Comporte Participações S.A. arrematou a concessão por R$ 25 milhões e será responsável pelos serviços do metrô da capital pelos próximos 30 anos. O governo federal tem até março para assinar o contrato com a empresa vencedora. 

“Algumas obras e pautas já estão se arrastando há alguns anos, a intenção é trabalhar para que elas avancem. Temos a questão da BR–381, do Rodoanel, talvez quem sabe rediscutir o leilão do metrô, eu não sei quais foram os termos da concessão. É preciso acelerar esses processos que se arrastam por muito tempo para sair do papel. São obras importantes para o Estado”, afirmou o deputado.

Luiz Fernando Faria vinha travando uma disputa com o deputado federal Paulo Guedes (PT) para assumir a coordenação da bancada mineira em Brasília, que até então vinha sendo coordenada nos últimos quatro anos pelo deputado Diego Andrade (PSD). O nome do parlamentar, no entanto, foi mais bem quisto pelos deputados e pelos senadores devido a sua relação tanto com a esquerda quanto com a bancada bolsonarista. Faria é também amigo pessoal de Arthur Lira e cultiva bom relacionamento com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Ao todo, o parlamentar conseguiu mais de 40 assinaturas para assumir a coordenação. 

“Esse movimento veio da própria bancada. O pessoal me procurou, procurou alguns líderes e  aceitei”, afirmou o parlamentar, que acredita que seu bom relacionamento vai facilitar encaminhar os pedidos do Estado. 

“Minha relação com o Arthur vem desde o pai dele, que foi o meu amigo, depois veio o Arthur na Câmara e começamos uma relação grande de amizade. Com ele não tem dificuldade, é um amigo próximo, que vai facilitar as nossas demandas. E o Rodrigo (Pacheco) dispensa comentários, é um parceiro, um irmão,  mas estou otimista, acho que vamos avançar muito nas questões de Minas”, completou Faria. 

Atualmente, o posto de coordenador de bancada é simbólico e não está previsto nenhum tipo de remuneração para o cargo. Além de um bom relacionamento com o presidente da República e o governador do Estado, o coordenador tem entre suas atribuições buscar consenso entre os parlamentares para a indicação das emendas coletivas.

Fonte: Jornal O Tempo