Atendendo ao convite do vereador Tiãozinho do Formoso (PSC), os secretários de Administração, Joseane Aparecida de Azevedo; de Agricultura, Pedro Paulo dos Reis, além do chefe de Gabinete, José Lúcio de Almeida, compareceram ao Plenário Maurílio do Carmo Ribeiro a fim de esclarecer as ações do governo após os últimos temporais ocorridos em Santos Dumont, em especial na Zona Rural.

Um grande público compareceu à Câmara Municipal com o objetivo de se fazer ouvir, já que na atual temporada as chuvas que atingem a cidade, têm deixado as estradas rurais em situação lastimável. 

O presidente Flávio Faria (PTB) conduziu toda a reunião, que teve momentos bastante tensos, pois as cobranças recaíram sobre o secretariado de governo, em especial ao chefe da pasta de Agricultura, Pedro Paulo.

A Secretaria em questão tem receita prevista no Orçamento Municipal 2023 de R$ 3.102.000,00.

Neste contexto, houve reclamações do público, que alegou que mesmo com um orçamento deste as estradas rurais encontram-se em situação crítica.

 O secretário se defendeu dizendo que precisa de melhores condições para executar seu trabalho. A mais dura crítica a Pedro Paulo foi feita pelo vereador Tiãozinho do Formoso, que  disse que a pessoa do secretário é pura gentileza, mas que como chefe da pasta deixa muito a desejar. O parlamentar foi ovacionado pela plateia presente no plenário.

Todos os vereadores aproveitaram para cobrar dos secretários, já que os problemas vividos pela cidade e também pela Zona Rural se repetem em anos anteriores. Foi cobrada também uma abertura de diálogo, posição defendida pelos secretários Joseane e José Lúcio.

Escória

Uma das soluções paliativas apontadas é utilizar nas estradas a escória oriunda da ArcelorMittal, mas o material tem sido escasso e é prioritariamente utilizado pela Prefeitura de Juiz de Fora, em sua Zona Rural.   

Preocupado com a situação, o vereador Flávio Faria sugeriu uma alternativa. A proposta consiste em que Santos Dumont entre em contato com a empresa Gerdau, para obter rejeito de minério. Segundo o vereador, há informações de que a empresa entrega gratuitamente rejeitos às cidades em até 100km de sua sede. Mas que existe a possibilidade de conseguir tal rejeito, mesmo que Santos Dumont exceda a distância em 15 ou 20 km. A Prefeitura Municipal busca uma solução para o assunto.

Público

Estiveram presente na reunião figuras como o ex-vereador Afonso Sérgio Costa Ferreira; Tiãozinho Camisola; o empresário João da Ruralvet; a professora do Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais, Gicele Brittes, além de produtores rurais. 

Todos pediram uma solução quanto a recuperação e a segurança das estradas rurais. 

Secretários

O chefe de Gabinete, José Lúcio, comentou que tudo aquilo que for prioridade o governo vai avaliar e tomar as decisões necessárias para cada caso. Ele disse que todas as demandas foram anotadas e que irá reunir-se com Joseane e Pedro Paulo para discutir o assunto e levar os temas ao prefeito Betinho. 

O secretário Pedro Paulo disse que o paliativo é a utilização dos cascalhos. Com a presença deste material, a pasta trabalharia "dia e noite". 

A secretária Joseane reforçou o comentário de Pedro Paulo, afirmando que neste período todas as prefeituras da região encontram-se na mesma situação que a de Santos Dumont, com a liberação de apenas um caminhão de escória.

Na questão do maquinário, os secretários informaram que irão fazer uma força tarefa para Agricultura, mas que é preciso ter o material. "Não adiante estar lá e não ter a escoria ou o cascalho". 

Fotos: Gilberto Freire