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INTERVENÇÃO FEDERAL: Cidades pelo país registram manifestações em frente aos quartéis do exército

INTERVENÇÃO FEDERAL: Cidades pelo país registram manifestações em frente aos quartéis do exército

Data de Publicação: 2 de novembro de 2022 14:16:00 Manifestantes pedem intervenção federal em atos contra a eleição de Lula neste feriado de finados

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 Por Marco Evangelista - RMJ/Portal 14B... 

Além da paralisação dos caminhoneiros que vêm ocorrendo em diversos pontos das rodovias federais espalhadas pelo país, milhares de manifestantes vêm promovendo de maneira pacífica vigílias em frente aos quartéis do Exército Brasileiro desde o final das eleições que apontou a vitória ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 30 de outubro.

Os registros das manifestações tomaram conta das redes sociais, onde pessoas contrárias à eleição de Lula pedem a intervenção federal dos militares. Pelas rodovias federais e centros urbanos, manifestantes vêm publicando fotos e vídeos que mostram centenas de grupos em marcha ou em vigília nas portas dos quartéis aguardando respostas das reinvindicações apresentadas.

Em pronunciamento ontem (01), o presidente da república licitou os atos democráticos, salientando a importância da maneira pacífica promovida pelos manifestantes nestes protestos, evitando atos que se assemelhem às manifestações violentas promovidas pelos apoiadores de esquerda.

Belo Horizonte

De acordo com a Polícia Militar (PM), manifestantes chegaram ainda de madrugada para o protesto. O grupo interdita desde o início desta manhã (02), os dois sentidos da avenida Raja Gabaglia, em frente à sede do Comando da 4º Região Militar do Exército.

Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes cantam o hino nacional e o hino do exercicito fazendo sinal de continência. “Não temos partido, somos um grupo de cidadão de bem, lutando pelo nosso país”, afirmou a dona de casa, Lúcia Matoso, 40. (Fonte: Jornal O Tempo)

Juiz de Fora

Na cidade Juiz de Fora (MG), milhares de manifestantes promoveram ontem (01) atos na região central do município e marcharam até aos portões da 4° Brigada de Montanha, unidade militar do exército brasileiro localizada no Mariano Procópio, centro de Juiz de Fora, e prometem permanecer em vigília até o final do dia neste feriado de finados.

Santos Dumont

Grupos de manifestantes se dividiram nos protestos em curso pela região. Parte deles estiveram apoiando desde segunda-feira (31) a paralisação dos caminhoneiros na BR 040, enquanto outros grupos se organizavam pelas redes sociais para protestarem hoje (02) em uma marcha silenciosa que ocorrerá a partir das 14hs, com início na Praça da Bíblia até ao portão do 4° Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, unidade militar do exército brasileiro na cidade.

Os quartéis das Forças Armadas em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília registram manifestações, nesta quarta-feira (2), que pedem intervenção militar. Os atos são uma resposta ao resultado das urnas do último domingo (30), que elegeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um novo mandato na Presidência da República a partir de 2023.

Na capital fluminense, os manifestantes se reúnem em frente ao Palácio Duque de Caxias. Mesmo com tempo nublado e chuvoso, uma multidão está no local com cartazes que pedem a intervenção militar.

Em São Paulo, os manifestantes se concentram em frente ao CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva), localizado em Santana, na zona norte.

Em Brasília, manifestantes passaram a noite em frente ao Quartel General do Exército, localizado no SMU (Setor Militar Urbano). Nesta quarta (2), centenas permanecem no local e faze a mesma reivindicação de atuação imediata das Forças Armadas.

Também há registro de manifestação em Florianópolis (SC). Os apoiadores do presidente e candidato derrotado à reeleição Jair Bolsonaro (PL) estão concentrados em frente ao 63º Batalhão de Infantaria, na cidade de Florianópolis (SP).

Eles também bradam por intervenção militar e questionam o resultado das eleições e a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A intervenção militar é inconstitucional e, portanto, vetada conforme a Carta Magna de 1988. Os manifestantes se apoiam no artigo 142 da Constituição, que diz que "as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem".

A primeira citação desse artigo da Constituição ocorreu com o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, que disse, em agosto de 2021, que a manobra poderia ser usada para conter eventuais crises institucionais "muito graves".

"Se ele existe no texto constitucional, é um sinal de que ele pode ser usado ou não estaria na Constituição", afirmou naquela ocasião.

Ontem, porém, o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) já afirmou que vai cumprir a Constituição e admitiu, ainda que implicitamente, que respeitará o resultado das urnas. Segundo Bolsonaro, as manifestações de caminhoneiros pelo país são "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral". (Fonte R7)

As manifestações que vêm ocorrendo em diversas cidades e estados do país vêm reunindo muitas crianças, jovens adultos e idosos que participam do ato de maneira organizada e pacífica. Até o momento não foram registradas nenhuma ação dos militares para conter excessos nas manifestações.

Fontes: R7/Tribuna de Minas/Otempo

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