Diante da insatisfação do atendimento do Sistema de Atendimento Móvel de Urgências (Samu), as autoridades da Câmara Municipal, Secretaria de Saúde, Conselho Municipal de Saúde e do Hospital Misericórdia reuniram-se com representantes do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste (Cideste), que faz a gestão do sistema de atendimento de urgências e emergências.   

Como representantes do consórcio estiveram presentes o diretor de Regulação Médica Homero, Augusto da Silva Calderaro, e o coordenador do Núcleo de Educação Permanente, Júlio Cesar Oliveira de Andrade.

Luciano Gomes, presidente da Câmara Municipal, deu detalhes sobre o motivo do encontro:

“Existem vários questionamentos a respeito do Samu, como por exemplo, na demora do atendimento. São ambulâncias atendendo a cidade vizinha de Juiz de Fora e deixando de atender o município de Santos Dumont. Os vereadores estão há um bom tempo tentando marcar essa reunião, graças ao secretário Donizete conseguimos enfim nos encontrarmos para sanar algumas dúvidas”, disse.

Explicações

Diante da situação apresentada na reunião, o médico Homero Augusto afirmou que a entidade possui 600 servidores atendendo 94 municípios, sendo que em janeiro, 100 deles estavam de licença médica, afastados por conta da Covid-19. Naturalmente, essa situação impactou no atendimento à população. Houve finais de semana em que a central tinha cinco médicos plantonista designados. Destes, três estavam com Covid.

Homero ainda justificou que não possui meios de contratar pessoal substituto, mas que o consórcio tem pagado 50% a mais sobre a hora extra. Esse é um meio de estimular que seus profissionais façam plantões extras e assim cobrir os especialistas sobre licença.

“Se a gente tiver uma viatura disponível, basicamente é este tempo, em torno de dois a três minutos, que o médico regular leva para sair com a equipe. Então é assim: a equipe sendo acionada imediatamente, ela sai para a ocorrência. A gente tem que analisar os casos. Eu peço e coloco-me à disposição, sempre que precisarem, tenho acesso no meu computado pessoal a todas as ocorrências e os status das ambulâncias. Às vezes, elas já estão em uma outra ocorrência e aí eu não tenho recursos disponível naquele momento pois a viatura está ocupada”, disse o Homero Augusto diretor da regulação Médica.   

Embora o clima fosse de cobranças e reclamações, as explicações dos representantes do consórcio foram consideradas razoáveis, tamanha a complexidade da macrorregião de Saúde que é a Zona da Mata. Há um esforço neste momento de pandemia para atender toda a população dentro do que é humanamente possível.

Das autoridades municipais em destaque compareceram o presidente da Câmara Municipal, Luciano Gomes (Cidadania); o secretário, Tiãozinho do Formoso (PSC); os vereadores Niltinho (PDT), Tim Chora Neném (Cidadania) e José Abud (U.B). Também foram à reunião o secretário de Saúde, José Geraldo de Almeida; o provedor do HMSD, Ivan Amorim; o secretário de Desenvolvimento Social, Donizete Barbosa; o vice-presidente do Conselho de Saúde, Clésio Oliveira Santos; e o empresário João da Ruralvet.

Fotos: Peterson Escobar / Gilberto Freire