Era para ter sido apenas mais uma noite, mas o ultimo dia 29 de maio de 2022 foi uma data marcante e histórica no município de Santos Dumont. Na ocasião, uma roda de choro com três grupos locais e tradicionais se apresentaram: Carinhoso, É ChoroUai e Ocê. O espetáculo foi realizado no antigo prédio do Clube Palmirense, hoje sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OBA), onde funciona também o Cap Jack Pizzaria.

Historicamente, desde 2012 o “Grupo É ChoroUai”, através da AMA-SD vem resgatando a memória cultural artística de Santos Dumont, sobretudo da música. Respeitando todos os grandes pesquisadores e ativistas culturais de décadas passadas, os movimentos foram criando forma e, especificamente em música, o gênero musical choro floresceu novamente.

Neste contexto, por meio de iniciativas, o grupo “É ChoroUai” resgatou o lendário grupo Carinhoso, o projetando de volta à ativa. Além disso,  outro importante passo vem contribuindo para essa construção como a criação de uma oficina de Choro dentro do Centro Municipal Artístico e Musical (CEMAM) – Johann Sebastian Bach. Essa proposta contribuiu para fomentar e assim surgir o grupo de choro, o “Ocê”.

Encontro de gerações

Na noite do ultimo domingo (29), os três grupos: Carinhoso, É ChoroUai e Ocê, se reuniram no palco com três gerações se apresentando. Entre músicos com vasta experiência de vida, o flautista Nathan Dias, de apenas 15 anos, dividia o palco e a responsabilidade de fazer música com quem há anos se apresenta neste gênero.

“Quando chamei o Nathan ao palco percebi que tinha algo diferente acontecendo. Cedi meu lugar para que ele sentasse e quando começou a participação dele com o Chorinho Didático Nº1 de Altamiro Carrilho, olhei em volta e tinham, não somente duas gerações de músicos ali mas sim, três gerações. “ diz Tiago Guimarães, fundador do É ChoroUai e idealizador de rodas de choro que acontecem desde 2012 através do projeto Feira com Choro.

Nathan é flautista e faz parte da nova oficina de choro realizada no CEMAM e vem como uma promessa, assim como outros estudantes, de representar e expandir o legado da música instrumental no município. “Sobre a colheita só o future saberá, mas no presente o plantio está sendo feito”, diz Tiago.

Nesta apresentação, o corpo artistic foi composto no palco por: Jorginho Conrado e Eduardo Vallejo na percussão, Tiago Guimarães sax e flauta, Salvador no bandolin, Silte Henriques no violão, AlyssonVasconcelos no 7 cordas, Gabi no Cavaco e os convidados Ramire Oliveira no trombone, Claudinei de Sá no violão e Nathan Dias na flauta transversal.

Fotos: Divulgação / Orlando Rossi Ladeira