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Atuação da Copasa em Santos Dumont é discutida em audiência pública na Câmara

Atuação da Copasa em Santos Dumont é discutida em audiência pública na Câmara

Data de Publicação: 29 de novembro de 2021 10:35:00 Gerente regional da Copasa confirma dificuldades para início das operações da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Parlamentares e moradores apontam problemas no serviço prestado pela companhia

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Por Gilberto Freire - Repórter 

Na noite da última quinta-feira (25) a sociedade civil reuniu-se a convite da Câmara Municipal para discutir as ações da Copasa em Santos Dumont. Para participar da audiência pública foram convidados representantes da Copasa, da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento e Esgoto (Arsae), da Prefeitura, da Defensoria do Ministério Público e outras autoridades municipais.

De todas essas entidades, apenas os representantes da Arsae, não compareceram, mas justificaram ausência. O presidente da Agência solicitou à Câmara que fosse lhe enviado a ata da audiência pública para que fosse avaliada e as providências possíveis fossem tomadas.

Reclamação dos moradores

Uma das reclamações que frequentemente vêm a público é a questão do bairro da Glória, que possui dois reservatórios para abastecer o local, porém com o crescimento desordenado da região, os reservatórios já não conseguem suprir as necessidades dos moradores. Um dos reservatórios está com problema, o que precarizou o atendimento ao público provocando escassez de água potável para os moradores nos últimos meses. Essa reclamação é do servidor público Leandro Cesar Gomes, que tem convivido regularmente com a falta de água em sua residência. A empresa ficou de resolver o problema.

Cobrança da taxa de esgoto e recomposição asfáltica

No evento o vereador e vice-presidente da Casa, Altamir Moisés de Carvalho, comentou aos presentes que dos 21 requerimentos enviados à Copasa, nenhum deles obteve uma resposta. E apontou que é um descaso da empresa em não informar nada sobre as demandas solicitadas pelo Legislativo.

Já a gerente da companhia, Vilma Correa, justificou o problema de recapeamento por não ter uma empresa contratada para fazer o serviço. Vilma disse ainda que a licitação foi feita em novembro, que há uma empresa vencedora e que em breve dará início aos trabalhos de recomposição asfáltica.

O vereador Felipe da Silva Chaves foi categórico em afirmar que o contrato vigente entre a Copasa e o município tem sido descumprido pela autarquia. Na oportunidade, questionou o tratamento de esgoto e a cobrança da taxa de tratamento. Há dez anos a empresa tem cobrado um valor específico sobre a retirada do tratamento de esgoto, sem uma solução definitiva pata a situação.

O gerente Regional da Copasa, Luiz Eduardo Carvalho Comes, explicou o sistema de cobrança da tarifa em nossa cidade. Segundo Luiz, havia dois percentuais de cobrança, um de 25% para municípios que tem apenas a coleta e outro para os municípios que já tratam o esgoto com tarifa a 100%. Porém na última revisão tarifaria a Arsae preferiu unificar a taxa com um percentual intermediário, ficando na decisão final com o percentual de 74%. Luiz Eduardo informou que a Copasa foi contra.

Estação em atraso

Outra informação importante é a questão da Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, cujo o atraso foi explicado pela demora da liberação do licenciamento ambiental. Segundo Luiz Eduardo, a ETE encontra-se pronta para funcionar, porém existem problemas com os interceptadores que foram danificados com as frequentes cheias do Rio das Posses para o início da operação da estação. O gerente disse ainda que em breve comentará sobre as previsões da empresa para essa situação.

Com quatro horas de duração a audiência pública foi bastante esclarecedora para as quase 50 pessoas que se prontificaram a comparecer. No entanto, ficou claro que sempre existe a necessidade de melhorar o diálogo entre as entidades públicas.

 

Fotos: Gilberto Freire

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