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Maior projeto turístico e sustentável do país será construído em Minas Gerais

Maior projeto turístico e sustentável do país será construído em Minas Gerais

Data de Publicação: 19 de novembro de 2021 12:38:00 Serra Negra da Mantiqueira prevê investimentos de R$ 2 bilhões em 20 anos e pretende ser referência mundial em ecoturismo

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 Por O Tempo

Um megaempreendimento turístico e sustentável está sendo construído na Zona da Mata mineira, mas só deve ser lançado oficialmente no segundo semestre de 2022. O Projeto Serra Negra da Mantiqueira pretende ser algo inédito e pioneiro no país, preservando uma região 4.000 hectares de matas e integrando vários equipamentos, como fazenda agroecológica, hotéis, restaurantes, centros de treinamento, de vivência e equestre e unidades imobiliárias, com investimentos em torno de R$ 2 bilhões ao longo de 20 anos.

O empreendimento está sendo implantado próximo ao Parque Estadual Serra Negra da Mantiqueira, criado pelo governo de Minas em 2018 e que guarda, além de diferentes biomas, inúmeros atrativos naturais, a 15 km da cidade de Olaria. "Queremos virar uma referência internacional em ecoturismo", afirma Jackson Fernandes Moreira, coordenador da Serra Negra Empreendimentos Imobiliários, empresa criada por empreendedores dos ramos imobiliário, mineração e pecuária.

Até agora já foi instalada na área uma fazenda de produção agroecológica com o objetivo de fortalecer e capacitar os pequenos agricultores para produzir alimentos orgânicos para o complexo hoteleiro. Pretende-se ainda qualificar os produtos locais, como embutidos, queijos e doces, e implantar novas culturas de inteligência agroclimática para a produção de vinhos, cervejas, cafés e azeite.

Para colocar o turista em perfeita sintonia com a natureza, a proposta é oferecer atividades como trekking, cavalgada e ciclismo no complexo turístico. "Estamos criando todas as condições para que os visitantes tenham uma experiência exclusiva, podendo usufruir de toda hospitalidade mineira", afirma Moreira.

"Experiências de valor"

Baseado na premissa de unir tecnologia e inovação, mas alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), o projeto Serra Negra defende o desenvolvimento sustentável, mas criando, segundo Moreira, uma interface com outros conceitos modernos, como economia circular e inteligência agroclimática para desenvolver atividades de baixo carbono, defendidas recentemente na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26).

A proposta, informa o executivo da Serra Negra, é oferecer "experiências de valor" para um público exigente, criando uma cadeia de serviços que envolve capacitar colaboradores, desenvolver produção agroecológica e energia renovável, fortalecer a agricultura familiar local e implantar um distrito industrial sustentável, inclusive com a inauguração de um aeroporto regional, num ciclo entre dez e 20 anos. "Não vai ter nada parecido no Brasil", garante Moreira. A inspiração veio de modelos similares na Califórnia (EUA).

Protocolo assinado

O empreendimento aproveitaria todo o potencial da região, que também está próxima do Parque Estadual do Ibitipoca e de quatro serras — das Flores, do Funil, de Ibitipoca e Negra, isso no momento em que o turismo de experiência cresce no mundo e Minas Gerais se posiciona como um grande player internacional. Um protocolo de intenções já foi assinado em outubro pela empresa e a Prefeitura de Olaria, com o endosso da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), para viabilizar o projeto. "Minas Gerais está criando todas as condições para que empreendimentos como esse venham e se instalem no Estado", enfatiza Moreira.

A localização estratégica também facilita o sucesso do projeto, que está a poucos quilômetros dos três maiores centros urbanos do país — São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O Serra Negra pretende trabalhar com um consórcio de municípios nos limites do empreendimento: Lima Duarte, Olaria, Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde. O projeto prevê ainda o reflorestamento da Mata Atlântica nativa, com a recuperação de 4.000 hectares. Sobre a expectativa de retorno do investimento, Moreira afirma que será acima da média.

 

Foto: Serra Negra/Divulgação

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