O período das chuvas está chegando e a preocupação dos moradores do Bairro Córrego do Ouro, mais precisamente os que moram na Rua machado de Assis, aumenta por conta das condições da via que encontra-se totalmente intransitável devido à fatídica obra de recuperação da rua que se arrasta por longos seis anos.

A rua deu sinais de desmoronamento no ano de 2015, culminando em um caos no final de 2016, quando abriu-se uma enorme cratera no local. Na época a defesa civil e o Corpo de Bombeiros de Juiz de Fora chegaram até retirar moradores das casas abaixo da rua com a suspeita de rompimento de um açude existente na parte superior da via, fato que não ocorreu.

No início de 2017, o prefeito recém empossado, Carlos Alberto de Azevedo, deu início a uma grande obra de recuperação e tudo parecia que iria se resolver em poucos meses. Porém, os danos causados pelas chuvas foram enormes e foi necessário criar um projeto mais sólido para resolver definitivamente o problema da rua.

Máquinas e homens da prefeitura iniciaram um enorme trabalho a procura da única galeria de escoamento que existia no local a cerca de 100 anos para que fosse criado um novo sistema de drenagem na captação pluvial e, assim, resolvendo problemas de segurança do açude e eliminando o acúmulo de água represado por uma vala que ficava entre a rua e o açude.

Toda obra de estrutura foi realizada e quando já estava pronta para ser finalizada, uma denúncia foi apresenta ao Ministério Público que acatou e embargou a conclusão dos serviços que estavam sendo feitos pela secretaria de obras do município. Em conversa com uma moradora da Rua machado de Assis, Vera Lúcia, a denúncia foi apresentada por duas pessoas que não representam o sentimento de todos os moradores da Machado de Assis. Ainda, segundo Vera, os moradores da rua desejam que o poder judiciário se posicione sobre as irregularidades das obras para que, se for o caso, a prefeitura se adeque ao que se exige e conclua a recuperação da via antes do período das chuvas. “Nesse período de seca, temos convivido com muita poeira e isso afeta nossa saúde. Com a chegada das chuvas vamos ter que conviver com problemas ainda mais sérios. Precisamos de uma decisão da justiça”, disse Vera à reportagem.