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Juiz de Fora comemora 174 anos nesta sexta-feira

Juiz de Fora comemora 174 anos nesta sexta-feira

Data de Publicação: 31 de maio de 2024 14:55:00 Portal 14B: Cidade localizada a cerca de 50 km de Santos Dumont foi desmembrada de Barbacena e elevada a município em 31 de maio de 1850

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 Por Redação...

 

Juiz de Fora, localizada a cerca de 50 km de Santos Dumont, comemora nesta sexta-feira (31) 174 anos. A cidade foi desmembrada de Barbacena e elevada a categoria de município em 31 de maio de 1850.

Este nome tão característico - Juiz de Fora - gera muitas dúvidas quanto à sua origem. O Juiz de Fora era um magistrado, do tempo colonial, nomeado pela Coroa Portuguesa, para atuar onde não havia Juiz de Direito.

Alguns estudos indicam que um Juiz de Fora esteve de passagem na região e hospedou-se por algum tempo numa fazenda e que, mais tarde, próximo a ela, surgiria o povoado de Santo Antônio do Paraibuna.

Na década de 1850, iniciou-se na cidade a construção da Estrada União e Indústria, por iniciativa de Mariano Procópio Ferreira Lage. Esta estrada foi construída com objetivos de encurtar a viagem entre a Corte e a Província de Minas, destinando-se ao transporte do café. Neste momento, Juiz de Fora recebeu a primeira leva de imigrantes alemães.

A produção de café na Zona da Mata cresceu muito e Minas Gerais se tornou uma grande província cafeeira. Em 1875, a cidade de Juiz de Fora era a mais próspera entre outras localidades, possuindo a maior quantidade de escravos, sendo seguida por Leopoldina, Mar de Espanha e São Paulo do Muriaé.

Este período de prosperidade não demorou muito a declinar e, já na segunda década do século XX, a cultura do café estava desgastada na Província. Só que esta crise não afeta muito o dinamismo da cidade de Juiz de Fora, que contava já com outras atividades, como a indústria.

Na década de 20, aquele ambiente de acirrado debate de ideias se interrompe. Em 1925, a presença da Igreja Católica se tornou mais ostensiva com a criação da Diocese de Juiz de Fora. 

No final dos anos 60, mais modificações: o crescimento populacional, urbanização descontrolada, economia baseada na prestação de serviços, o acirramento das questões sociais e o intenso debate político, característico da época. A criação da Universidade Federal de Juiz de Fora, no governo do Presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira, trouxe à cidade uma contribuição fundamental: empregou e atraiu milhares de estudantes, incentivando um maior consumo de bens e de serviços.

O antigo conservadorismo católico, que desde meados da década de 20, dominava a cidade, se desfez. Maior circulação de ideias, possibilitando, inclusive, a resistência cultural por parte do movimento estudantil na década de 70. Nesse momento vários grupos de teatro surgiram, música e poemas multiplicaram-se nos mimeógrafos. O Cine-Clube e a Galeria de Arte Celina permitiram aos jovens o conhecimento de uma arte que falava mais diretamente da liberdade e do "caos" da vida urbana.

Com o aumento da população, a especulação imobiliária, que sempre esteve presente no crescimento da cidade, motivou uma arquitetura "descuidada". Em nome do baixo custo de produção, edificaram-se verdadeiros "caixotes". Os prédios de importância histórica, foram em grande parte destruídos em nome de um progresso questionável, uma vez que a maioria da população dele não participa.

Fonte: Livro "Juiz de Fora: Vivendo a História", da professora e pesquisadora da UFJF Mônica Ribeiro de Oliveira/ Outro Histórico é de Carlos Alberto Hargreaves Botti (1994), extraído da Companhia Mineira de Eletricidade. Companhia Energética de Minas Gerais, Centro de Pesquisas Sociais, UFJF, pp. 19-20/ Anuário 2004

 

 

 

Fotos:  Acervo AC/UFJF/PJF

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