A conexão entre Brasil e França já é histórica. Só que a partir de agora, se depender da cidade de Santos Dumont, esse laço entre os dois países vai ficar cada vez mais estreito. Na quarta-feira (27) o adido de cooperação e ação cultural da Embaixada da França em Minas Gerais, Vincent Nédélec, veio até a cidade para se reunir com autoridades locais. Em pauta, a captação de recursos para o Museu Cabangu.

"Vamos captar recursos através da Lei Rouanet, e a visita do cônsul é muito pontual nesse sentido. Ele já se comprometeu conosco de ser um intermediador junto à Fundação e às multinacionais francesas com sede no Brasil, portanto, pagam impostos no país, entre elas Renault, Peugeot, Airfrance para entrar nesse projeto também. Então a gente está com todas as ferramentas postas praticamente e com todos os recursos para realizar isso que era um sonho pra todo mundo", disse Sandro Vilela, presidente da Fundação Casa de Cabangu.

Na parte da manhã, Vincent passeou pelo Museu para conhecer um pouco mais sobre Alberto Santos Dumont e a relação do inventor brasileiro com a França. O adido gostou do que viu e destacou a importância de valorizar uma história tão cara à cidade e ao país. 

O francês ainda visitou pontos turísticos da cidade, falou sobre as potencialidades do município e terminou o dia em uma visita à Igreja Nossa Senhora das Dores, no distrito de Dores do Paraibuna.

Serviços no Museu encontram-se paralisados

Desde o início da pandemia, o local encontra-se fechado para visitação. Em 2021, uma projeto de recuperação estrutural foi colocado em prática e o Museu passou a receber uma série de reformas. Atualmente, no entanto, os serviços estão paralisados devido a um imbróglio envolvendo a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR). A expectativa da Fundação é que tudo seja resolvido o mais breve possível para a retomada das obras.

Depois de todos os ponteiros ajustados, a intenção é fazer do Museu Cabangu um pólo turístico da região com aspectos mais modernos, mas claro... sem perder o charme e a tradição que o local carrega a tanto tempo.

"Nós vamos restaurar os ambientes tombados como os chalés nórdicos, vamos criar uma estrutura de investimentos, parques.. E há um projeto ambicioso também que nós temos a estrutura para criar aqui no parque a maior ponte suspensa da América Latina para pedestres. Essa ponte suspensa fica 1/3 do preço do teleférico e serve, evidentemente, pra ter uma visão panorâmica. Isso é um foco de atrativo muito grande porque os arquitetos já sinalizaram que conseguem esse certificado no Guinness Book", revelou Sandro. 

Imagens: Jonas Lima

Fotos: Peterson Escobar