Romeu Zema (Novo) lidera as intenções de votos em Minas Gerais em uma projeção do cenário do processo eleitoral que acontece em 2022. A pesquisa foi realizada pelo Instituto F5 Atualiza Dados Pesquisas e aponta vantagem do atual governador do Estado, que já admitiu abertamente que tentará a reeleição. No estudo, cerca de 32,5% da população mineira, na resposta estimulada, afirmaram que votariam no governador do partido Novo. Logo atrás aparece o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que somou 24% das intenções de voto na amostragem.

Como revelado em outras pesquisas, tanto Zema como Kalil devem polarizar a disputa. Também pontuaram o deputado federal André Janones (Avante), com 9,5% das intenções de voto; o senador Carlos Viana (PSD), com 4,3%; a deputada federal Áurea Carolina (PSOL), com 2,7%; o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), com 2,5%; o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus (PV), com 1,7%; e o deputado federal Carlos Melles (DEM), com 1,5%.

Os votos nulos ou em branco foram manifestados por 11,8% dos entrevistados, enquanto os indecisos somam 9,5%. Conforme publicado pelo jornal o Estado de Minas, o diretor-executivo da F5 Atualiza Dados Pesquisas, Domilson Coelho, avaliou que o alto percentual, acima de 22%, de eleitores que manifestaram voto branco ou nulo ou ainda não definiram seus votos é também influenciado pela distância temporal entre o levantamento e o processo eleitoral.

“Devemos levar em consideração o fato de que a população ainda não sabe de forma certeira em quem vai votar, pela falta de candidatos e projetos políticos. O que observamos é, na verdade, uma movimentação nos bastidores que indica que Zema e Kalil devem se enfrentar”, afirmou Domilson, conforme publicado pelo Estado de Minas.

A pesquisa em questão foi encomendada pela TV Alterosa. Em uma projeção de segundo turno, o desenho se repete e Zema tem ligeira vantagem sobre Kalil: 40,3% das intenções de voto para o governador contra 31,8% do prefeito de BH.

Questionado se a polarização entre o governador de Minas e o prefeito de BH pode ser efeito de uma polarização nacional, Domilson apontou que sim. “Zema claramente é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e Kalil já se mostrou diversas vezes opositor aos pensamentos do presidente”, pontua. “Mas observamos que Zema ‘tirou o pé do acelerador' por sentir um desgaste do presidente, vendo que nos últimos 60 dias, é possível observar um desgaste do governo federal em Minas Gerais”, diz.

Foto de capa: Gladyston Rodrigues/EM - Alexandre Guzanshe/EM