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Cachorra é resgatada com projétil alojado no corpo em Santos Dumont

Cachorra é resgatada com projétil alojado no corpo em Santos Dumont

Data de Publicação: 11 de fevereiro de 2022 11:36:00 Luna, como passou a ser chamada, perdeu o movimento das patas traseiras e está em um lar temporário. ONG Cão Comunitário busca doações para arcar com custos médicos e outras despesas

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Por Peterson Escobar - Repórter 

Um caso que chamou a atenção até mesmo de quem está envolvido com a causa animal há bastante tempo. Na última quarta-feira (09), uma cachorra, com idade estimada entre 2 e 5 anos, foi resgatada na entrada do bairro Vila Esperança, em Santos Dumont. O que parecia ser mais um caso rotineiro de ajuda aos animais, se revelou uma possível crueldade: Luna, como passou a ser chamada a pequena cachorra, tem um projétil disparado por arma de fogo alojado na coluna. 

"Terça à noite uma pessoa entrou em contato com a gente e relatou sobre a cachorra que ela acreditava ter sido atropelada. A cachorra, no caso, estava se arrastando e chorando muito, além de ter tomado muita chuva. Pela dificuldade de arrumar um lar temporário à noite, decidimos fazer uma publicação na página da ONG Cão Comunitário. No dia seguinte recebemos muitas mensagens falando sobre a mesma cachorra, que estava com dificuldades de firmar o corpo e aparentava não ter mais movimento das patas traseiras. Algumas pessoas cogitaram atropelamento, outras ainda levantaram a hipótese dela ter sido atacada por outro cachorro que rondava o local", conta Priscila Novaes, presidente da ONG Cão Comunitário.

Sensibilizada com a situação, a moradora Simone de Souza, 54,  foi uma das pessoas que participou da força tarefa de ajuda e se dispôs a abrigar temporariamente a cachorra em questão. 

"Eu amo animal, tenho inclusive duas cachorras adotadas em casa. Na quarta, voltando do trabalho, a Carla, que tem uma mercearia no bairro e foi quem recolheu de fato a cachorra, sabendo do meu gosto por animais me perguntou se eu poderia ficar com ela. Respondi que tenho um espaço em casa, poderia sim deixar a cachorra lá e que daríamos remédio até ver o que poderia ser feito. Aí a Carla correu atrás da veterinária, a Priscila se dispôs a ajudar também com muita boa vontade", conta.

Exame de Raio-X e revelação

Diante da situação, Luna foi levada a uma veterinária para a realização de exames de sangue. No local, a cachorra foi diagnosticada com uma anemia grave, sendo receitado medicamento pela profissional da área. Na sequência, a cachorra foi levada para uma clínica da cidade, onde foi feito um exame de Raio-X para descobrir o local da provável fratura. Porém, quando o exame foi revelado, constatou-se um projétil alojado na coluna da cachorra, o que chocou até quem lida com causa animal há muito tempo.  

"Tivemos alguns contatos com casos de gatos que tiveram membros amputados, mas disparo de arma de fogo foi a primeira vez. A gente estava tratando como uma situação costumeira de atropelamento e na hora que a gente descobre que foi um tiro fica imaginando como que a pessoa pôde fazer isso com um animal", afirma Priscila.

Não se sabe ao certo se o fato ocorreu na Vila Esperança ou a cachorra conseguiu se arrastar até ali e encontrou uma área segura para se estabelecer ou simplesmente foi abandonada  no local. Como ela foi observada pela primeira vez na terça-feira (08) e apresentava feridas abertas, acredita-se que ela tenha sido atingida há poucos dias.

Priscila conta que, segundo a médica veterinária, não é possível apenas pelo Raio-X ter a dimensão dos danos causados pelo projétil. No entanto, a cachorra não apresenta fraturas, o que leva a crer que a paralisia nas patas traseiras foi realmente causada pelo disparo de arma de fogo. Sendo assim, é necessário fazer uma tomografia pra avaliar se o animal precisará passar por uma operação.

 

"No estado atual, ela não suporta sedação para passar pela tomografia. Além desse procedimento, será necessário realizar uma transfusão de sangue, o que demanda pelo menos um animal com 25kg e saudável, senão pode piorar o estado de saúde dela", explica Priscila.

A ONG Cão Comunitário chegou a fazer contato com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e foi informada que só é possível rastrear e fazer a identificação do suspeito se houver a apreensão da arma da qual o projétil foi disparado. 

Doações

A ONG está à procura de um cachorro para fazer a transfusão de sangue e busca também doações para seguir o tratamento da cachorra Luna. A tomografia tem o valor de R$ 1.300. Quem quiser e puder ajudar, tem a possibilidade de doar através da chave pix 35.456.031/0001-36 ou entregar pessoalmente a doação nos pontos a seguir:

- Loja Paulistana - Rua Antônio Ladeira - falar com Nayara
- Lojas Volpi - Rua Antônio Abud - falar com Paulo

 

Fotos: Divulgação

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Até onde vai a maldade humana ??