A Prefeitura de Santos Dumont realizou uma live na manhã desta quarta-feira (23) para esclarecer questões relacionadas à vacinação contra a Covid-19 na cidade. A transmissão ocorreu pela página da Prefeitura no Facebook e contou com a participação da secretária de saúde, Rosangela Garcia, e da coordenadora da Vigilância em Saúde, Odinéia Amorim.

As autoridades de saúde destacaram a estratégia de vacinação adotada no município, que, segundo avaliação interna, vem dando certo. Durante a transmissão foi informado que todos os grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde foram atendidos na cidade e agora a campanha será destinada ao público por faixa etária sem comorbidade.

"A gente adotou a estratégia de atender os grupos prioritários em 100% de sua totalidade. Nós estamos avançando só agora na vacinação por idade, mas fomos fechando antes esses grupos estabelecidos. Outras cidades optaram por avançar na faixa etária, mas os grupos prioritários ainda estão em aberto", disse a coordenadora. De acordo com o boletim epidemiológico da Covid-19, divulgado nessa terça-feira (22), 18.766 pessoas tomaram a primeira dose e 7.295 completaram o esquema vacinal em SD.

Xepa em Santos Dumont

Um dos assuntos que mais geram dúvidas entre os sandumonenses é relacionado à xepa da vacinação, ou seja, a utilização daquelas doses que sobram no fim do dia. No entanto, a coordenação da Vigilância em Saúde informou que o município vem tendo êxito na administração das doses, evitando grandes números de sobras.

"A xepa existe, no frasco às vezes sobra uma ou duas doses no fim da tarde, mas essa xepa vem diminuindo. A xepa maior era da AstraZeneca, que no começo tinha validade de 6h depois de aberta, só que agora ela possui 48h de conservação. Então essa xepa pode acontecer, raramente, no fim da tarde de sexta-feira. Mas como a gente está trabalhando com um controle maior, dificilmente sobra alguma dose. Caso aconteça, a orientação pra gente usar a xepa é que a pessoa faça parte do grupo priotitário que esteja sendo atendido ou do grupo subsequente. Por exemplo, atualmente estamos em 59 anos sem comorbidades, poderíamos vacinar alguém com 58 anos", explicou Odinéia Amorim.

Odinéia ainda descartou a possibilidade do uso de algum cadastro nessa situação: "achamos melhor não. Não valeria o tumulto de uma eventual fila da xepa por conta de uma ou duas doses. Criaríamos uma expectativa que não seria atendida. A gente também tem uma lista de espera de pessoas que foram orientadas por médicos a tomarem determinadas vacinas. Fazemos esse tipo de contato nesse caso".

Sem pré-cadastro e impossibilidade de um calendário de vacinação

Durante a transmissão também foram abordados os motivos pelos quais não há em SD um calendário para a vacinação contra a Covid-19, como ocorrido em Juiz de Fora, por exemplo. "Seria excelente se pudéssemos fazer essa divulgação com antecedência. Mas infelizmente nós dependemos do quantitativo de vacinas recebidos, das datas em que elas chegam conforme repasse da Superintendência Regional de Saúde (SRS-JF). Não tem como a gente fazer esse planejamento, às vezes acontece o atraso do Ministério da Saúde ou até mesmo da chegada das vacinas no Brasil", explicou Odinéia.

Já em relação ao pré-cadastro que, em tese, pderia facilitar no planejamento da Prefeitura em relação à quantidade de pessoas por faixa etária, as autoridades de saúde entendem que, por conta das caracetristicas da população sandumonense, os números poderiam não correponder à realidade.

"A nossa realidade difere um pouco da realidade de municípios que tem um acesso melhor à tecnologia, à internet e à informação. Temos uma zona rural muito extensa. Então, diante disso, optamos por não fazer esse pré-cadastro. A pessoa já chega diretamente no local de vacinação, é atendida e é feita a checagem de dados. Dessa forma está dando certo", disse a coordenadora.

Rosangela Garcia ainda fez questão de salientar que as pessoas não perdem o prazo. Mesmo que a pessoa faça parte de um dos grupos anteriores, mas por algum motivo não tenha tomado a vacina, essa pessoa pode procurar o local de vacinação para ser imunizada. 

Segurança das vacinas

Odinéia e Rosangela fizeram questão de destacar que todas as vacinas disponíveis em Santos Dumont são seguras e explicaram por quais motivos alguns grupos têm preferência em imunizantes de determinados fabricantes.

"Todas as vacinas são seguras, claro que existem algumas especificações, alguns cuidados em relação a certos grupos. Normalmete, nesses casos, o médico faz alguma indicação. Por exemplo, a vacina da AstraZeneca, de acordo com alguns estudos, constatou-se que ela estava causado alguns cromos. O MS repassou uma nova nota técnica fazendo algumas orientações, entre elas, o risco para pessoas que possuem problemas relacionados à trombose. Então quando a pessoa chega ao local de vacinação ela é atendida e tem o histórico checado, foi o que aconteceu também com gestantes e puérperas, que foram orientadas a tomarem CoronaVac e Pfizer", explicou Odinéia.