Chegar aqui e ter que esperar por atendimento pode ser uma tarefa desgastante, principalmente se é você ou algum parente que esteja passando mal.

A Ana Lúcia veio acompanhar o amigo Sérgio de Oliveira, de 63 anos. Ele tem enfisema pulmonar, faz uso de oxigênio em casa e toda vez que o tempo tem alguma alteração, precisa vir ao hospital.

"Mas tem vezes que a gente fica até de tarde. Eu acho que tinha que ter mais médico, igual o caso, eu vim acompanhando um amigo meu e chegou minha irmã no Samu e até agora o médico não chegou lá, ela está com a pressão e muito sonolenta", conta Ana.

A situação não é exclusividade do pronto-socorro do Hospital Misericórdia de Santos Dumont (HMSD), mas sim uma realidade de grande parte do país quando o assunto é saúde. Um desafio para a administração pública.

"A gente sentiu um aumento muito grande, dobrou o número de pacientes que estão vindo aqui no pronto-socorro e, sendo que 75% e 80% são de saúde primária, acaba trazendo um transtorno grande à portaria. O pessoal fica esperando mais tempo, porque você tem que fazer uma triagem e ver quais são os que precisam ser atendidos e só depois atender esse pessoal", explica o provedor do HMSD.

Mas desde novembro deste ano, a Prefeitura passou a enviar mais R$ 135 mil para o hospital. O dinheiro serve para custear o aumento de médicos de plantão no pronto-socorro. Na parte do dia, passou de dois para três médicos e à noite passou de um médico de plantão para dois profissionais. 

"Isso para nós Secretaria traz uma tranquilidade maior, que a intenção é não parar o procedimento quando a gente tiver em algum processo de urgência e emergência. Sempre vai ter um profissional médico que vai continuar na assistência e nós buscamos essa agilidade no atendimento do pronto-socorro", declara Cláudia Paschoal, secretária de Saúde.

Segundo a secretária, apesar do reforço no plantão, é preciso uma compreensão dos usuários em períodos críticos e de muita procura por atendimentos. No final do ano, por exemplo, é comum o aumento de casos de viroses.

Para que a medida permaneça, segundo o provedor do hospital, será preciso uma continuidade de prioridade da próxima gestão.

Foto: Portal 14B