Horário de verão: entenda o que acontece em MG se relógios forem adiantados ou não em uma hora
Data de Publicação: 26 de setembro de 2024 12:10:00 Portal 14B: Possível volta do horário de verão está sendo discutida no governo federal. Segundo Cemig, resultados apontam para neutralidade na redução do consumo, se houver mudança
Por G1 Minas Gerais
O governo federal decidirá nos próximos dias se haverá horário de verão neste ano no Brasil. O que pode acontecer em Minas Gerais se os relógios forem adiantados em uma hora? E, caso não haja essa alteração, pode fazer alguma diferença na distribuição de energia elétrica no estado?
De acordo com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), de forma preliminar, os resultados apontam para uma neutralidade na redução do consumo, se houver mudança nos ponteiros.
Essa neutralidade acontece principalmente por causa do uso de lâmpadas mais eficientes (compactas e LED) em residências e vias públicas, nos últimos anos, e também pela popularização de equipamentos de climatização, como ventiladores e aparelhos de ar-condicionado.
A companhia estima ainda que não haverá impacto financeiro na compra de energia para atender aos consumidores.
Volta do horário de verão em discussão
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou o retorno do horário de verão em 2024. Se adotado, o adiantamento dos relógios em 1h (que é o que determina o horário de verão) aconteceria depois do 2º turno das eleições municipais.
A estratégia é encarada pelo governo como uma forma de deslocar o pico de consumo para um horário com mais geração solar, reduzindo a necessidade de acionar usinas termelétricas — caras e que poluem mais — para atender à demanda.
"Foi recomendado pelo ONS e aprovado pelo CMSE um indicativo de que é prudente, que é viável e que seria um instrumento apontado como importante a volta [do horário de verão]", anunciou o ministro Alexandre Silveira, em entrevista coletiva no dia 19 de setembro.
Contudo, Silveira disse que ainda não está convencido da necessidade do horário de verão, apesar da recomendação do comitê. O ministro disse que há "tranquilidade de que não faltará energia" e que pretende analisar outras medidas antes, como adiantamento de linhas de transmissão e mudanças na operação da usina de Belo Monte.
A decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
História do horário de verão no Brasil
"A prática dessa medida, já universal, traz grandes benefícios ao público, em consequência da natural economia de luz artificial", dizia o texto do decreto assinado por Vargas, datado de 1º de outubro daquele ano.
A medida foi repetida em anos seguintes, sem regularidade. A partir de 1985 — ano que foi marcado por uma seca histórica, que resultou em blecautes e racionamento de água —, o horário diferenciado passou a ser adotado anualmente, com duração e abrangência territorial definidas por decretos presidenciais.
Em 2008, um decreto tornou o horário de verão permanente, vigorando do terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.
Até que, em abril de 2019, o então presidente Jair Bolsonaro também por decreto extinguiu a prática.
Fotos: Reprodução
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