A Miriam é avó do David Lucca, de 9 anos, e esperou menos de 30 minutos para que o neto fosse atendido na Casa da Criança em Santos Dumont.  

"Chegamos aqui rapidinho e fomos atendidos. Davi veio aqui a respeito de um problema que ele tem no pé, e a médica logo já pediu pra fazer a chapa e trazer aqui. Fiquei muito satisfeita", disse Miriam Pereira da Silva.

Experiência parecida foi a de Aline Otávio, mãe do Kauã e moradora do Bairro Quarto Depósito. "Ele tá tossindo, com o peito encatarrado, aí eu trouxe pro médico ver. Aí agora ele vai fazer um raio-x e vai tomar o medicamento", contou Aline.

Realidade bem diferente de quando a Casa da Criança funcionava no antigo local. 

"Era muito difícil achar ficha lá. Aí quando não tinha, eu trazia ele pro Pronto Socorro pra fazer o atendimento aqui. Lá tinha que virar a noite, pra mim não dá por causa das crianças. Era mais demorado também", afirmou Aline.  

As opiniões da própria população corroboram que a mudança superou as expectativas. Os números de atendimentos comprovam a melhora de desempenho. 

Pra se ter uma ideia, em 2023 a Casa da Criança, funcionando no antigo local, registrou 2.938 atendimentos durante o ano inteiro. Já em 2024, funcionando no Hospital Misericórdia, em apenas dois meses, esse número já foi batido: são 3.274 crianças atendidas. 

"Pra nós é muito gratificante ver quanto o nosso projeto cresceu durante 60 dias. Nós iniciamos o atendimento com um pediatra, no decorrer dos 20 primeiros dias foi identificado que um médico no projeto não era suficiente pra atender a demanda que estávamos tendo. Hoje nós estamos com dois médicos de 7h às 19h, e a partir daí assume o terceiro médico. Os números mostram pra nós que a assistência ampliou grandemente, isso é muito importante porque traz uma tranquilidade pra nós gestores e para as mães. Hoje qualquer mal estar nesse período de arboviroses, elas têm onde levar seus filhos", afirmou Cláudia Pascoal. 

Além dos pequenos de Santos Dumont, a Casa da Criança também tem registrado atendimentos de cidades da região como Aracitaba, Oliveira Fortes e Ewbank da Câmara. Essa última, por exemplo, teve 85 crianças atendidas nos últimos dois meses. 

Os números chamam a atenção e tendem a aumentar por conta da proximidade da troca de estação. Logo logo sai o outono, dando lugar ao inverno, que traz consigo o problema das doenças respiratórias.

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