Maduro expulsa da Venezuela funcionários do escritório de Direitos Humanos da ONU
Data de Publicação: 16 de fevereiro de 2024 21:43:00 A decisão veio depois de críticas das Nações Unidas ao governo venezuelano.
Por Jornal Nacional...
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deu três dias para que os funcionários do escritório do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos deixem o país.
A partir de agora, as bandeiras em frente ao escritório da ONU não tremulam mais em sintonia. O governo venezuelano ordenou a suspensão das operações do escritório de Direitos Humanos da ONU, em Caracas, e anunciou que pelos próximos 30 dias vai revisar os termos de cooperação.
O ministro de Relações Exteriores, Yvan Gil, informou que funcionários da ONU têm 72 horas para deixar a Venezuela. A decisão veio depois de críticas das Nações Unidas ao governo de Nicolás Maduro.
Esta semana, o Ato Comissariado de Direitos Humanos da ONU, os Estados Unidos e organizações humanitárias condenaram a prisão da ativista Rocío San Miguel. Ela está na sede do serviço de inteligência, em Caracas. Rocío é conhecida por fazer denúncias sobre tortura sofrida por detidos pelo governo.
Nesta quarta-feira (14), especialistas ONU divulgaram um relatório em que afirmam que o programa contra a fome de Nicolás Maduro é ineficiente e suscetível a influências políticas. O governo venezuelano declarou que a decisão de expulsão será mantida até que a ONU retifique publicamente relatório, classificada pela Venezuela como colonialista e abusiva.
Em nota, o escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas informou que lamenta a decisão da Venezuela, também reiterou o compromisso da ONU com a defesa e proteção do povo venezuelano.
A expulsão de funcionários da ONU e a prisão da ativista de direitos humanos são novos capítulos da crise política venezuelana. 2024 é ano de eleições presidenciais, mas a votação ainda não tem data marcada. No fim de janeiro, a Suprema Corte do país retirou a principal candidata da oposição, María Corina Machado, da disputa.
A medida levou os Estados Unidos a retomarem sanções econômicas contra Caracas. As autoridades americanas acusam o regime de Nicolás Maduro de desrespeitar um acordo, no qual o governo maduro e a oposição se comprometeram em organizar eleições justas e livres no país.
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