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IPCA cai 0,36% em agosto: 2ª deflação seguida e desacelera para 8,73% em 12 meses

IPCA cai 0,36% em agosto: 2ª deflação seguida e desacelera para 8,73% em 12 meses

Data de Publicação: 9 de setembro de 2022 09:50:00 Mercado esperava deflação de 0,39% e desaceleração do índice para 8,72%, segundo o consenso Refinitiv

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 Por Equipe InfoMoney

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,36% em agosto na comparação com julho, a segunda deflação consecutiva, e com isso desacelerou para 8,73% no acumulado em 12 meses. No ano, a inflação caiu para 4,39%.

O resultado ficou em linha com a expectativa do mercado, que era de uma deflação de 0,39% no mês passado e uma desaceleração do IPCA para 8,72% em 12 meses, segundo o consenso Refinitiv.

A queda nos preços foi novamente impulsionada pela redução no preço dos combustíveis, na esteira da desoneração do ICMS, da queda recente nos preços internacionais do petróleo e dos cortes que a Petrobras (PETR3;PETR4) tem feito nos preços da gasolina nas refinarias.

Assim como aconteceu em julho, quando o IPCA teve a maior deflação da história, o resultado de agosto foi puxado pela redução nos preços dos transportes (-3,37%). Sozinho, o grupo foi responsável por “retirar” 0,72 ponto percentual (p.p.) do índice no mês.

Também houve retração no grupo comunicação (-1,10%), com impacto de -0,06 p.p. no IPCA, devido à redução nos preços dos planos de telefonia fixa (-6,71%) e de telefonia móvel (-2,67%) — que também foi causada pela lei que limitou a alíquota do ICMS.

Entre as altas, o destaque foi saúde e cuidados pessoais (+1,31%), que contribuiu com +0,17 p.p. em agosto. Alimentação e bebidas subiu 0,24%, mas desacelerou em relação à alta de 1,30% de julho (e impactou o IPCA em 0,05 p.p.).

Todos os demais grupos também subiram, com altas entre 0,10% em habitação e 1,69% em vestuário (o grupo com a maior variação positiva no IPCA de agosto). No grupo habitação, os preços da energia elétrica residencial continuaram caindo (-1,27%), mas de forma menos intensa do que em julho (-5,78%).

Preço dos combustíveis

O resultado dos transportes (-3,37%) foi influenciado mais uma vez pela queda no preço dos combustíveis (-10,82%), pois em agosto os preços dos quatro combustíveis pesquisados caíram. A maior queda foi novamente a da gasolina (-11,64%), que sozinha diminuiu o IPCA em 0,67 ponto percentual.

O preço do etanol caiu 8,67%, o do óleo diesel, 3,76%, e o do gás veicular, 2,12%. Os preços das passagens aéreas também tiveram forte queda (-12,07%), após quatro meses consecutivos de altas.

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