Santos Dumont tem ato contra a privatização dos Correios
Data de Publicação: 14 de julho de 2021 08:31:00 Grupo projetou imagens no prédio dos Correios, no centro da cidade, e voltou a pedir a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ato faz parte de agenda nacional de manifestações contra o governo
Por Peterson Escobar - Repórter
Na noite desta terça-feira (13) manifestantes fizeram um ato contra a privatização dos Correios em Santos Dumont e voltaram a pedir a saída de Jair Bolsonaro (sem partido) da presidência. O protesto #13J acompanha a agenda nacional de manifestações.
O grupo, dessa vez, projetou imagens no prédio dos Correios, localizado na rua Prefeito José Maria Pitela, no centro da cidade. Em uma das projeções era possível observar a hashtag #nãoàprivatizaçãodoscorreios junto com a mensagem "Os Correios tem o monopólio da entrega de cartas porque a constituição aponta o serviço postal como um direito. É um dever do Estado prover este direito. Diga não à PL-591"
Os Correios mantêm o monopólio na distribuição de cartas pessoais, comerciais, cartões-postais e correspondências agrupadas (malotes), mas não na distribuição de mercadorias no geral, onde empresas privadas já operam.
Em abril, o Governo Federal publicou no Diário Oficial da União um decreto presidencial que incluiu a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Programa Nacional de Desestatização (PND).
Segundo o governo, a medida visa dar continuidade aos estudos necessários à privatização da empresa. No fim de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro foi pessoalmente ao Congresso entregar o projeto de lei para a desestatização da empresa, em uma tentativa de sinalizar que o governo segue comprometido com a agenda de privatizações.
A privatização dos Correios é uma das prioridades do Ministério da Economia. A estatal acumulou um prejuízo de R$ 3,943 bilhões entre 2013 e 2016, mas, desde 2017, vem registrando resultados positivos nos balanços anuais. O governo argumenta que a mudança no marco legal dos serviços postais é necessária porque os Correios não têm condições financeiras de melhorar a qualidade dos serviços prestados à população e, ao mesmo tempo, manter-se competitivos.
A justificativa enviada à Câmara informa que “os esforços empreendidos não têm sido suficientes para que a empresa se atualize na velocidade requerida”. O governo afirma ainda que a União não tem capacidade fiscal para fazer investimentos na empresa.
Fotos: Elisa Veríssimo
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