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Laudo técnico aponta que não há instabilidade no muro de contenção do Hospital Misericórdia de Santos Dumont

Laudo técnico aponta que não há instabilidade no muro de contenção do Hospital Misericórdia de Santos Dumont

Data de Publicação: 29 de agosto de 2024 18:37:00 Portal 14B: Comissão fez visitas técnicas ao local e desenvolveu relatórios fotográficos, de estaqueamento, de monitoramento topográfico, de sondagem entre outros

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 Por Peterson Escobar - Repórter....

Um laudo técnico de inspeção visual apontou que não há instabilidade nem movimentação por parte do muro de contenção do Hospital Misericórdia de Santos Dumont (HMSD) e de um poste de eletricidade da Cemig localizado em um passeio da Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Santos Dumont. 

O documento é assinado por Hamilton Roberto Larcher de Almeida, engenheiro civil e perito do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Além do profissional, participaram da inspeção Mariana Amorim, arquiteta da Prefeitura, e Ivan Amorim, provedor do HMSD. A comissão realizou as visitas técnicas nos dias 17 de julho, 12 e 20 de agosto de 2024. Os trabalhos envolveram relatórios fotográficos, de estaqueamento, de monitoramento topográfico, de sondagem e anotação de responsabilidade técnica.

"Mediante os dados obtidos e relatados, não verificamos instabilidade nos elementos periciados (muro de contenção e poste de eletricidade), o que pode também ser verificado através das fotos relacionadas onde não se percebe nenhuma inclinação do poste em qualquer dos sentidos, nenhuma situação anormal no piso junto ao poste, sem acomodações ou afundamentos, o mesmo ocorrendo junto ao piso da área externa do hospital na parte superior contida pelo muro, que permanece estável sem fissuras ou recalques aparentes", diz trecho do laudo técnico. 

Segundo Ivan Amorim, a preocupação com o muro e com o poste surgiu há aproximadamente 2 anos, quando a instituição passou a receber indagações quanto a possíveis alterações no prumo ou deformações dos mesmos.

"Nesse período comecei a receber algumas indagações que o muro estaria avançando no sentido do poste. Recentemente, o assunto foi parar na internet e na imprensa e a gente não pode ficar no achismo, tem que ter certeza técnica do que realmente está acontecendo. Eu procurei a Prefeitura, que se prontificou a ajudar a gente. Então o hospital contratou um perito indicado pela Prefeitura, com isso o profissional veio, passamos mais de mês fazendo as medições, até que foi feito o laudo final onde o relatório está muito rico e tirou totalmente a preocupação nossa de algum eventual risco do muro em relação ao poste", declarou Ivan. 

Ainda conforme o documento, durante as visitas foi proposto um monitoramento topográfico para avaliar a existência ou não de alguma movimentação dos elementos.

"As leituras não apontaram nenhuma movimentação dos elementos citados, correspondendo, portanto, a estabilidade e prumo dos mesmos sem alterações num período superior a trintas dias, levando-se em conta a primeira visita em 13/07 e a última, efetuada em 20/08, com a confirmação topográfica registrada no Relatório de monitoramento anexo, onde foi constatada esta situação."  

Obras do hospital também não causam risco ao muro

Há mais de um ano o HMSD passa por uma série de obras estruturais. Fato que também gerou questionamentos em relação a possíveis interferências no muro e no poste citados. Contudo, os relatórios de sondagem e de estaqueamento da edificação – executado com equipamento de hélice contínua - descartaram riscos na área. 

Confira os apontamentos dos relatórios: 

a. O relatório de sondagem aponta solo impenetrável entre 12 metros e 15 metros e o Boletim de estaqueamento, informa que as estacas foram executadas até a profundidade de 14,10 m a 14,30 m, que é compatível com o relatório de sondagem. Estes dados visam esclarecer que as fundações em estacas estão cravadas no solo abaixo do nível da base do muro e também do poste, portanto, a sobrecarga em que as mesmas são solicitadas pelo peso da edificação são distribuídas no solo abaixo do nível do muro e do poste, não interferindo em sua estrutura.

b. De acordo com as medições efetuadas nos muros e nos postes, verifica-se que as estacas ultrapassam a cota de piso da avenida, ou seja, as cargas distribuídas na ponta das mesmas não interferem com possíveis carregamentos sobre o muro e sobre o poste.

c. Deve ser levado em consideração que o muro possa ter sido construído há mais de 100 anos, sua base foi construída em solo rígido (Silte argiloso, arenoso, cor variegada, consistência rija e dura) conforme relatório de sondagem anexo que dá as características deste solo nas cotas de base do mesmo, o que ratifica a sua estabilidade.

"Eu escutei que aquele poste foi trocado, era um poste fino mas trocaram por um poste com diâmetro maior. Outro ponto pra ele estar mais próximo do muro é de que se o poste com diâmetro maior ficasse no meio do passeio ninguém conseguiria passar nem por um lado nem por outro. A gente pensa que a Cemig optou por encostar o poste no muro pra continuar dando passagem para os transeuntes. Mas o importante é que está aí o laudo, não há nenhum risco e a gente tá vindo aqui pra dar um esclarecimento para a população dizendo que essa preocupação ninguém precisa ter mais", afirmou Ivan.

 

Fotos: Peterson Escobar / Reprodução

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