Uma cena inusitada chamou a atenção de moradores de Santos Dumont nessa semana. Um macaco foi visto pelas ruas do Bairro de Fátima, e o "passeio" do primata foi registrado em vídeo.

Pelas imagens é possível observar o macaco correndo por uma rua de pedra, depois pelo asfalto e, em seguida, pulando o muro de uma casa na localidade.  

De acordo com a Polícia Militar do Meio Ambiente, trata-se de um primata conhecido como Bugio, macaco-uivador, de nome científico Alouatta.  

"Esta espécie é naturalmente encontrada no estado de Minas Gerais pois é endêmica nas áreas do bioma Mata Atlântica, que possui cobertura vegetal em nossa região. Quanto ao recolhimento do animal, a Polícia Ambiental informa que não é viável a captura pois tal ação culminaria na realocação do animal em outra área. Nesse sentido, isso poderia trazer dificuldades do animal de retornar ao seu bando, haja vista que essa classe não é bem aceitas em outros bandos", explicou. 

Ainda de acordo com os militares, alguns fatores podem ter contribuído para a aparição do macaco em área urbana, como a busca de alimentos e a destruição de áreas naturais devido às queimadas, que são recorrentes nesta época do ano. O bugio, segundo os especialistas, se alimenta primariamente de frutas e folhas, que encontram-se escassas na estiagem.

A PM ambiental faz um alerta à população quanto a segurança, caso se depare com o animal.

"É importante ressaltar que se trata de um animal silvestre, e que embora não seja perigoso, possui mecanismos de defesa caso sinta-se ameaçado. Por este motivo, não se deve tentar capturar o animal. Esta função é privativa do Corpo de Bombeiros Militar (193) nos casos em que o animal esteja dentro de residências e esteja ameaçando a integridade física de pessoas", explicou a polícia.

Em relação ao caso de Santos Dumont, o biólogo do Centro de Triagem de Animais Silvestres de Juiz de Fora (CETAS-JF) recomenda o acionamento imediato do Corpo de Bombeiros, que dispõe de equipamentos para a tarefa.

Nos demais casos, onde o animal é visto transitando em vias públicas, a ação mais sensata, conforme os militares, é permitir que o animal siga seu curso natural, priorizando a convivência pacífica do homem com a natureza.

Imagens: Reprodução