Barragem se rompe no Rio Grande do Sul; número de mortos chega a 24 por conta dos temporais
Data de Publicação: 2 de maio de 2024 16:12:00 Orientação é para que a população deixe suas casas e as áreas de riscos e se abriguem em lugares mais elevados, longe dos rios
Por g1
A barragem 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na Serra do Rio Grande do Sul, se rompeu parcialmente na tarde desta quinta-feira (2). A informação foi confirmada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) nas redes sociais.
"Nós recebemos, há pouco tempo, a informação do rompimento da ombreira direita da barragem 14 de Julho. O efeito não vai ser de uma devastação, enxurrada, mas vai ter o curso livre do Rio Taquari", afirmou Leite.
Em nota, a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) informou que o ocorrido se deu "devido ao contínuo aumento da vazão do Rio das Antas e das fortes chuvas que atingem o estado". A Ceran acrescenta que a Defesa Civil foi comunicada.
A orientação do governo do RS é que moradores de municípios próximos, como Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado, deixem as áreas de risco e busquem abrigo em regiões mais altas para permanecer durante a elevação do Rio Taquari.
As pessoas que não tiverem locais alternativos devem buscar informações junto à Defesa Civil da sua cidade sobre os abrigos públicos disponibilizados pelas prefeituras, rotas de fuga e pontos de segurança.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou que as medidas de segurança estão sendo tomadas. As sirenes da barragem foram acionadas.
Em entrevista coletiva na quarta, Leite citou a possibilidade de colapso da estrutura. "Caso continuem as chuvas, nós podemos ter um risco real de rompimento dessa barragem", alertou.
Temporais no RS
Vinte e quatro pessoas morreram. A Defesa Civil registra 13 mortes, e Corpo de Bombeiros e Brigada Militar (BM) confirmam outros 11 óbitos.
Vinte e uma pessoas seguem desaparecidas. Ao todo, 147 cidades registraram transtornos, como inundações, quedas de barreiras e deslizamentos de terra. As áreas mais atingidas são as regiões Central, dos Vales, Serra e Metropolitana de Porto Alegre.
Conforme a Defesa Civil, 67,8 mil pessoas foram atingidas pelos efeitos do mau tempo. São 14,5 mil moradores fora de casa. São 4.599 em abrigos e 9.993 desalojados (na casa de familiares ou amigos).
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