Minas Gerais confirmou a primeira morte por febre amarela em 2023. A vítima foi um homem de 41 anos, morador de Monte Santo de Minas, município localizado na região sudoeste do estado.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) nesta quarta-feira (15). O estado não tinha novos casos de febre amarela desde 2018, quando houve intensificação na campanha de vacinação contra a doença.

O óbito ocorreu no dia 23 de fevereiro e foi notificado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) na última sexta-feira (10) após confirmação por exame laboratorial. O paciente é trabalhador rural e, de acordo com a SES-MG, não há informações sobre o estado vacinal do paciente nos sistemas oficiais.

Antes do início dos sintomas, o homem teria se deslocado ao estado de São Paulo, onde houve confirmação de caso humano para febre amarela no mês passado. Diante da situação, a pasta abriu uma investigação epidemiológica para determinar o provável local de infecção, se ocorreu em São Paulo ou em Minas Gerais.

A SES-MG ainda emitiu uma nota técnica de alerta sobre o óbito por febre amarela, dando orientações aos profissionais e serviços de saúde. A pasta irá realizar reunião de alinhamento com os municípios das Unidades Regionais de Saúde de Passos e de Alfenas, a fim de delinear as ações a serem tomadas com o apoio do Governo de Minas.

Vacina

A vacinação, ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. O vírus da febre amarela é transmitido pela picada de mosquitos infectados, não havendo transmissão direta de pessoa para pessoa.

Em áreas de mata, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes, enquanto nas áreas urbanas, o vetor é o Aedes aegypti.

Conforme a SES-MG, a vacina é indicada para crianças ao completarem 9 meses de vida, que devem receber uma dose e, ao completarem 4 anos, devem se imunizar novamente com uma dose de reforço.

Já pessoas entre 5 e 59 anos que não tenham sido vacinadas ou não possuem comprovante da imunização devem receber uma dose. Quem se vacinou antes de completar 5 anos também deve tomar uma dose de reforço.

Foto: Fiocruz/Divulgação