Leite condensado, chocolate em pó, margarina, todo brasileiro nasce sabendo a receita da culinária típica brasileira.

Hoje, dia 10 de setembro, é celebrado o dia nacional do brigadeiro, mas você sabe a história do doce mais querido do Brasil?

Durante a campanha de Eduardo Gomes à Presidência da República em 1945, mulheres vendiam esse doce em comícios do candidato, que era mais conhecido por sua patente de brigadeiro da Força Aérea. Não demorou para o doce ser requisitado em todas as uniões dos cabos eleitorais, recebendo o apelido de "docinho do brigadeiro".

Eduardo disputou o comando do país com Eurico Gaspar Dutra, perdeu de lavada, mas deixou um legado: um docinho batizado de "brigadeiro" em sua homenagem.

O brigadeiro, além de uma paixão nacional, é também a fonte de renda de muitas pessoas como a sandumonense Gisele Ferreira.

"Em 2015, tinha 18 anos e fazia faculdade de Química na UFJF, e jamais pensei na vida em trabalhar com doces. Tudo mudou quando em abril descobri que estava grávida, minha sogra que tinha um restaurante falou pra eu fazer uns brigadeiros e pavês de potinho pra colocar lá no comércio dela, pra levantar um dinheiro e comprar as coisas do bebê, e esse foi o meu início! Em maio de 2015 nasceu a Doce Afeto Brigaderia Gourmet", conta a doceira.

Hoje em dia, Gisele não vê se trabalhando com outra coisa, a empresa é sua paixão.

"Há mais de seis anos venho adoçando a vida das pessoas, cada dia busco me aperfeiçoar e melhorar a qualidade, visual e atendimento, pros meus clientes terem a melhor experiência da vida quando comerem meus quitutes", diz Gisele.

A brigaderia gourmet Doce Afeto utiliza brigadeiros em bolos (festa e de pote), cones recheados, taças da felicidade, bombons, ovos de Páscoa, vários tipos de tortas, além do tradicional doce enroladinho em granulado.

Em 2021, depois de mais de 70 anos de existência, a receita já têm inúmeras variações.

A confeiteira Ana Paula Silva conta com diversos sabores de brigadeiros em seu cardápio, entre eles morango, leite em pó e creme de avelã. Apesar de tanta variedade, o tradicional de chocolate ao leite, continua sendo o mais pedido por seus clientes.

Ana Paula conta que a confeitaria sempre esteve presente em sua vida: "Minha mãe sempre  fazia os bolos de aniversário da família, todos amavam. Até que chegou meu aniversário de 15 anos, nosso primeiro desafio, foi tudo feito em casa, o bolo, os docinhos e os bombons."

Em 2015, Ana começou vendendo bombons simples no bairro em que mora.

"Hoje quero alcançar  novos desafios na confeitaria! Eu digo, que me encontrei nesta área. Levar um pouco de alegria para as pessoas através do doce, não tem preço", ressalta Ana.

Em sua confeitaria gourmet, Doces da Ana, ela vende o docinho de forma tradicional, enrolado em granulado, mas também o usa em bolos, tortas geladas, ovos de Páscoa, taças da felicidade e bombons.

E você, já comeu um brigadeiro hoje?

Para encomendas, acesse os perfis no Instagram:

@doceafetobg

@doces.ana3

Fotos: Gisele Ferreira / Ana Paula.