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Gasolina em Santos Dumont já ultrapassa R$ 6,50 o litro

Gasolina em Santos Dumont já ultrapassa R$ 6,50 o litro

Data de Publicação: 3 de setembro de 2021 12:54:00 Entenda os motivos que levaram à alta no preço dos combustíveis e as consequências do aumento.

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 Por Mariana Figueiredo - Estagiária sob supervisão de Gláucia Rabello

Com reajustes constantes, a gasolina já acumula uma alta de 27,51% de janeiro a julho, segundo o IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, número bem mais alto que a inflação medida no mesmo período, que é de 4,76%.

A conta para calcular o preço da gasolina na bomba do posto é complexa. Começa com o preço de produção, que é o valor cobrado pela Petrobras nas refinarias. E tem a ver com o valor do petróleo no mercado internacional. O problema é que desde o início da pandemia, os países que mais exportam petróleo reduziram a produção, fazendo com que no barril fique supervalorizado.

Agora, com as atividades voltando, a demanda aumentou, mas a produção não. O que tem para comprar fica mais caro. Para nós brasileiros, ainda mais, já que a cotação é em dólar, hoje um Dólar americano vale 5,17 Real brasileiro.

Em Santos Dumont, a diferença no preço da gasolina entre postos chega a mais de 15 centavos, e do etanol ultrapassa os 25 centavos.

O motorista que for abastecer o veículo, hoje, no posto de combustível mais caro do município vai desembolsar o valor de R$6,59 por litro de gasolina, R$5,19 por litro de etanol e R$5,10 por litro de diesel.     

Alexsandro Cabral, motorista e dono do 14 Bis, aplicativo de carros "tipo Uber" em Santos Dumont, conta que muitos motoristas estão desistindo do trabalho.

"A gente faz um preço justo da corrida, tem aplicativo fazendo por menos de oito reais para atrair passageiro. Mas como vamos sair de um bairro a outro pra buscar a pessoa, levar no centro e cobrar apenas R$8,00?".

Alexsandro completa: "Se aumentarmos o valor da corrida, vamos perder passageiros, a conta não vai bater. Nós somos os mais prejudicados."

Em todo Brasil, passageiros reclamam de corridas sendo canceladas e da dificuldade de conseguir os carros de transporte particular.

Segundo dados divulgados pelo presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), Eduardo Lima de Souza, trinta mil motoristas de aplicativo (o que significa 25% do efetivo) teriam desistido de trabalhar para a plataforma desde o início de 2020, tendo uma das causas, o constante aumento do preço dos combustíveis.

 

Foto: Peterson Escobar.

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