Português (Brasil)

Adesão de grávidas e puérperas à vacinação contra a Covid-19 é baixa em SD

Adesão de grávidas e puérperas à vacinação contra a Covid-19 é baixa em SD

Data de Publicação: 28 de junho de 2021 16:06:00 Disseminação de notícias falsas envolvendo a vacinação contra a Covid-19 pode ser um dos fatores que contribui para procura baixa desses públicos

Compartilhe este conteúdo:

Por Peterson Escobar - Repórter  

Se para a maioria das pessoas há ansiedade para se vacinar contra a Covid-19; para alguns públicos específicos, a realidade é bem distinta daquele frenesi que se tornou habitual nas filas e na busca pelo imunizante. A adesão das grávidas e das puérperas à campanha de vacinação contra o novo coronavírus é considerada baixa em Santos Dumont.

O Departamento de Vigilância em Saúde realizou um levantamento de 300 gestantes na cidade. No entanto, até a última sexta-feira (25), apenas 63 grávidas haviam tomado pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no município. O número de adesão corresponde a 21% do público. 

Uma das hipóteses para explicar a baixa adesão é a morte por trombose de uma gestante no Rio de Janeiro após a vacinação. O fato contribuiu para a disseminação de notícias falsas nas redes sociais, o que acabou assustando muitas gestantes. A relação da morte com vacina está sendo investigada pelo Ministério da Saúde, mas, por recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a aplicação da AstraZeneca/Oxford foi suspensa nesse grupo no dia 11 de maio. Não há nenhuma restrição em relação às vacinas Coronavac e Pfizer.

Entre as puérperas, ou seja, mulheres que deram à luz em até 45 dias, a adesão é maior que a de gestantes, porém ainda aquém do esperado. De um universo de 60 puérperas na cidade, baseado em dados fornecidos pelo Hospital Misericórdia de Santos Dumont (HMSD) à Vigilância em Saúde, 26 mulheres se vacinaram até o momento, o que corresponde a 43,3%. Também até sexta-feira (25), 20 lactantes - mulheres que tiveram bebê entre 46 e 180 dias (6 meses) - haviam sido vacinadas no município.

Problema nacional e alta taxa de letalidade

Segundo matéria da Folha de SP publicada em 21 de junho, a taxa de letalidade da Covid-19 entre gestantes e puérperas é a pior desde o início da pandemia, mas ainda assim a vacinação neste grupo está bem abaixo do esperado, o que preocupa ginecologistas e obstetras. No país, apenas 6% delas receberam ao menos uma dose da vacina.

Até o último dia 17, o país computava 1.412 mortes maternas por Covid. Só neste ano, foram 959 óbitos, um número 111,7% maior do que o de 2020 inteiro (453). No mesmo período, mais do que dobrou a taxa de letalidade nesse grupo —de 7,4% para 17%, segundo o Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19, com base em dados do Ministério da Saúde.

Vacinação em Santos Dumont

Por questões de segurança, esses três grupos estão sendo orientados a procurarem a Sala de Vacinas para receberem a imunização. A coordenação instrui que familiares ou pessoas próximas das mulheres que integram esses grupos vão até o local para realizar o agendamento da vacinação.

Segundo a Prefeitura, para as puérperas e para as gestantes, é necessário apresentar junto com a documentação comprobatória uma recomendação médica autorizando a vacinação. Já para as lactantes após 45 dias do nascimento do bebê, não é necessário. Veja a documentação:

- CPF
- Identidade
- Comprovante de residência (original e cópia)
- Certidão de nascimento do bebê

Compartilhe este conteúdo:

  Seja o primeiro a comentar!

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Envie seu comentário preenchendo os campos abaixo

Nome
E-mail
Localização
Comentário